O Easy Future nasceu para apoiar estudantes, como eles, durante o confinamento

Desde Abril que o portal Easy Future tenta descomplicar o acesso ao ensino superior e responder às questões dos estudantes. Há grupos de WhatsApp para ajudar e parcerias úteis.

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Rui Gaudencio

Entre Março e Maio de 2020, os estudantes que concluíam o ensino secundário perderam apoios no acesso ao ensino superior: as palestras presenciais ou feiras de universidades que percorriam o país para conquistar os futuros caloiros. Tiago Oliveira, à data aluno de 12.º ano, sentiu-se preocupado com as incertezas à entrada do ensino superior, e percebeu que não era o único. Em Abril, juntou alguns amigos e criaram o Easy Future.

A plataforma online dedica-se, principalmente, a disponibilizar informação e facilitar o ingresso na universidade. Além disso, o Easy Future mantém grupos de conversa no WhatsApp para responder às questões dos alunos do ensino básico que transitam para o secundário, ou pôr em contacto estudantes de diversos cursos e regiões, durante o confinamento.

“Já várias pessoas se encontraram na faculdade e descobriram que se tinham conhecido nos nossos grupos de WhatsApp, isso deu-nos força para continuar a trabalhar”, conta Tiago, o criador do projecto.

Natural de Barcelos, Tiago frequenta o primeiro ano da licenciatura em Física, na Universidade do Porto (tudo para compreender as fórmulas e teorias da Mecânica Quântica). “Não comecei o projecto com grandes expectativas, contava apenas chegar aos estudantes da região de Barcelos”, confessa. “Mas o sucesso foi enorme.”

Começou assim a pesquisar possíveis parcerias, a pensar como expandir o alcance das páginas online e chegar a mais estudantes em todo o país. Associou-se, por exemplo, à Help2Learn, para disponibilizar bancos de resumos e apontamentos aos alunos. “Também nos preocupou facilitar o acesso ao alojamento estudantil e, por isso, fizemos parcerias com a UniPlaces ou a Inlife Portugal.”

Actualmente, a equipa do Easy Future é composta por 13 jovens estudantes, que dedicam o seu tempo ao projecto, de forma voluntária, explica Tiago Oliveira: “Queremos fomentar um espírito de entreajuda, em que estudantes mais velhos ajudam os mais novos no seu percurso, e vice-versa.”

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