Hospitais privados reforçam resposta do SNS com 880 camas

Associação garante que hospitais privados “vão continuar a integrar este esforço nacional conjunto” e refere que no sábado disponibilizaram 100 camas para doentes não covid e que esta segunda-feira reforçaram resposta a doentes covid em Lisboa.

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João Gomes Cravinho e Marta Temido na visita ao polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas LUSA/ANDRÉ KOSTERS

Os hospitais privados têm afectas 800 camas para doentes do SNS não covid e mais 80 para doentes covid, adiantou esta segunda-feira a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada. Durante a manhã a ministra da saúde tinha admitido poder recorrer, caso seja necessário, à requisição civil para aumentar a capacidade de resposta aos portugueses.

“Os hospitais privados manifestaram desde cedo - e reiteram - a intenção de participar no esforço colectivo necessário para uma dar resposta conjunta que se revele capaz de defender, em todas as circunstâncias, a saúde dos portugueses. A colaboração que temos mantido com o SNS é, neste sentido, fundamental e assim continuará a ser”, afirmou a associação em comunicado, no qual revela que das 800 camas, cem foram disponibilizadas no sábado “face a solicitação do SNS para doentes não covid.

Além destas camas, outras 80 estão a ser disponibilizadas para atender doentes covid do SNS e pelas quais já passaram mais 500 doentes, segundo fonte da associação. “Hoje [segunda-feira] mesmo foi possível aumentar o número de camas covid disponibilizadas em Lisboa”, lê-se no comunicado, que termina dizendo que “os hospitais privados integram e vão continuar a integrar este esforço nacional conjunto e que o fazem com a plena consciência das dificuldades actuais do nosso país”.

O número crescente de doentes covid internados deixou desde a semana passada os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo sob grande pressão, levando à transferência de pacientes infectados pelo novo coronavírus para várias unidades do Norte do país, ao aumento dos níveis dos planos de contingência e à suspensão de actividade programada não urgente.

Durante a manhã, após a reunião com a task force que gere a estratégias da vacinação contra a covid e uma visita ao pólo de Lisboa das Forças Armadas, Marta Temido admitiu a possibilidade do recurso à requisição civil, se necessário. “Não hesitaremos em lançar mão desse mecanismo, quando não conseguirmos, por acordo, nunca dispensando a justa compensação prevista nos termos da lei da requisição civil, ultrapassar as dificuldades”, disse, lembrando a utilização preferencial da capacidade de outros sectores por acordo.

Existe actualmente um acordo disponível a que as administrações regionais de saúde podem recorrer que prevê o pagamento da utilização de camas para doentes covid e não covid que sejam encaminhados pelo SNS. Já no início da pandemia, um protocolo semelhante – mas com valores diferentes do do actual – tinha sido criado.

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