Paredes de Coura: a Casa do Outeiro, solar “notável”, aguarda o turismo para renascer

Uma das chamadas Casas Grandes de Paredes de Coura, em Agualonga, entra em concurso internacional para ser renovada para fins turísticos. Um solar setecentista no campo, com espigueiros à frente e capela de lado, à espera do futuro.

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A concessão de um solar setecentista, propriedade da Câmara de Paredes de Coura, para fins turísticos, foi lançada em concurso público internacional ao abrigo do Programa Revive.

“Os investidores interessados terão um prazo de 120 dias para apresentar propostas com vista a transformar o imóvel num estabelecimento hoteleiro ou em outro projecto de vocação turística”, estando a concessão prevista “por 50 anos” e “uma renda mínima anual de 13.800 euros”, resumiu o presidente da autarquia, Vítor Paulo Pereira, à Lusa. A abertura do concurso público foi feita esta segunda-feira numa sessão on-line.

A Casa do Outeiro, um solar setecentista enquadrado em meio rural, na freguesia de Agualonga, “integra um conjunto notável de solares do concelho de Paredes de Coura, que na região são preferencialmente denominados Casas Grandes”.

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O imóvel “teve a função agrícola como actividade predominante, face à extensão dos dois espigueiros existentes no terreno fronteiro à casa”.

Actualmente pertence ao município, “depois de, durante séculos, ter sido propriedade, bem como as quintas vizinhas, da família d"Antas”.

No século XIX, “por casamento, os seus proprietários passaram a usar o título de Viscondes do Peso de Melgaço”.

O imóvel “apresenta um amplo corpo de construção de diferentes épocas, a sua arquitectura vagueia pelo maneirismo, pelo barroco, e numa fase mais tardia, pelas linhas simples e direitas de finais do século XIX”.

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A propriedade “possui uma área total de 10.443,30 metros quadrados e uma área edificada de 2.353,54 metros quadrados, a que acresce ainda uma área de possível ampliação”.

Em Junho de 2020, a Câmara de Paredes de Coura procedeu à alteração ao Plano Director Municipal (PDM) para “alargar” o uso do solar setecentista, permitindo a sua recuperação para fins turísticos, através do programa Revive.

“O solar é uma construção de tipologia seiscentista, ladeada de capela, e que combina modelos de raízes erudita e popular, em que sobressaem os cunhais, cimalhas, molduras e ornamentos em granito”, lê-se na descrição do imóvel.

Um dos primeiros proprietários da Casa do Outeiro foi Esteves da Fonseca Martins, a quem se deve a sua construção no século XVIII”.

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Mais tarde, a Casa do Outeiro “passou para a propriedade dos Antas, de Rubiães, através do dote de casamento de D. Francisca Rosa Pereira Antas, concedido por seu tio”.

O último proprietário do solar “foi o Visconde de Peso de Melgaço e, na década de oitenta do século passado, o Solar dos Viscondes do Peso foi doado ao município e à diocese”.

O programa de reabilitação e valorização de património do Estado (Revive Património e Revive Natureza) é uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, e “pretende recuperar imóveis que se encontrem devolutos ou em mau estado de conservação, que não tenham potencial para serem adaptados para fins de habitação, permitindo que neles se desenvolvam projectos turísticos com recurso a investimento público e privado”. 

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