Da “gripezinha” à imunidade do brasileiro: dez momentos em que Bolsonaro desvalorizou a covid-19

Presidente do Brasil está infectado com a covid-19. Nos últimos meses, Bolsonaro desvalorizou por várias vezes os efeitos da pandemia.

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Jair Bolsonaro, presidente do Brasil Reuters/ADRIANO MACHADO

Depois de, na segunda-feira, ser conhecido que o Presidente brasileiro apresentava sintomas de covid-19, já se sabe o resultado do teste feito por Bolsonaro. O líder do Governo brasileiro está mesmo infectado com o novo coronavírus, depois de, nos últimos meses, ter minimizado a importância e os efeitos devastadores que o SARS-CoV-2 tem infligido num país que já conta mais de 1,6 milhões de infectados e 65.487 mortes. Fique com dez desses momentos:

10 de Março – “Obviamente temos, de momento, uma crise, uma pequena crise. No meu entender, a questão do coronavírus é mais fantasia, não é isso tudo que os grande media propagam”

20 de Março — “Depois da facada, não será uma gripezinha que me derrubará”

24 de Março — “No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus não precisaria de me preocupar, nada sentiria ou seria, quanto muito, acometido de uma gripezinha, ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão”

26 de Março — “O brasileiro tem que ser estudado. Ele não apanha nada. Vê a pessoa saltando no esgoto, sai, mergulha e não acontece nada”

2 de Abril — Vamos com pastores e religosos anunciar o pedido de um dia de jejum ao povo brasileiro em nome de que o Brasil fique livre desse mal o mais rápido possível”

12 de Abril — “Parece que o vírus está a começar a ir embora”

20 de Abril — “Aproximadamente 70% da população vai ser infectada, não adianta querer correr disso, é uma verdade. Estão com medo da verdade?”

28 de Abril — “E daí? Lamento. Quer que faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.

21 de Maio — “Alguns morrem, claro, não é todo mundo que vai tomar o remédio e ficar vivo, mas a grande maioria fica”.

29 de Maio — “Temos a onda do covid, sim. A gente sabe que leva a mortes muitas vezes, mas temos uma onda maior ainda que é o desemprego. E, com todo o respeito, também leva a catástrofes para todos no país”.

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