Porto vai ter centro de rastreio drive thru, no Queimódromo

Parceria entre a Câmara do Porto, ARS-Norte e laboratório Unilabs Portugal vai receber pacientes previamente referenciados pelo serviço nacional de saúde para fazer rastreios.

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Apenas doentes referenciados pelo serviço nacional de saúde devem dirigir-se a este espaço paulo pimenta
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O Queimódromo do Porto, na estrada da Circunvalação, vai receber o “primeiro centro de rastreio para covid-19 em modelo ‘drive thru​’ montado em Portugal”, anunciaram esta segunda-feira, num comunicado conjunto, a Administração de Saúde do Norte (ARS-N), a Câmara do Porto e a Unilabs Portugal. O espaço começará a funcionar já nesta quarta-feira, dia 18, e “permitirá a realização de cerca de 400 testes diários numa primeira fase, podendo evoluir para perto de 700 testes por dia”. Apenas pessoas com suspeita de infecção e “previamente referenciadas pelo serviço nacional de saúde” podem dirigir-se ao local.

A Unilabs Portugal contactou o executivo de Rui Moreira e a ARS-N para avaliar o interesse “da criação de um local dedicado à colheita de amostras para rastreio da doença, num modelo piloto em Portugal”. O objectivo é testar doentes “fora de meio hospitalar, em condições de conforto e segurança colectiva e aliviar o afluxo de potencias suspeitos portadores aos hospitais”. Em 72 horas, a resposta foi alinhavada e poderá entrar em funcionamento esta quarta-feira. 

Pacientes referenciados poderão deslocar-se ao ponto de recolha “sem entrar em contacto com outras pessoas, reduzindo o risco de infecção em cada colheita até para os profissionais envolvidos”, afirmam em comunicado as entidades promotoras da iniciativa, que conta também com apoio da Polícia Municipal e de empresas privadas que disponibilizaram meios humanos e materiais. Os resultados dos rastreios, coordenados pela ARS-N, “serão depois enviados directamente ao suspeito e às autoridades de saúde pública.”

“Este centro estará dotado com médicos de Medicina Geral e Familiar que aplicarão um inquérito epidemiológico e sintomático (RedCap) que avalia a necessidade de teste ou de outra orientação. Só se deverão deslocar ao local pessoas previamente referenciadas, já que o sistema não permitirá a execução de testes ad hoc.”

Esta é mais uma medida num pacote que a Câmara do Porto tem vindo a implementar e que procura “apoiar o esforço nacional de combate à pandemia, numa lógica de protecção e mitigação da doença”, afirma o autarca do Porto, que decretou, logo no início da semana, o encerramento de espaços e na sexta-feira mandou fechar “tudo o que podia fechar”, incluindo, já na tarde de sábado, as esplanadas. “Este modelo, pioneiro em Portugal, pode ser replicado noutras cidades do país e ajudar a salvar vidas e, simultaneamente, a melhorar as condições de atendimento dos profissionais de saúde em contexto hospitalar”, acrescenta.

A iniciativa, realça o presidente do conselho directivo da ARS-Norte, Carlos Nunes, “ajuda os hospitais a receberem apenas quem de facto precisa de ser apoiado medicamente, protegendo os pacientes, as unidades hospitalares e os médicos de serviços adicionais que podem ser prestados em regime de ambulatório”.

Este sábado, o Hospital de São João confirmou ao PÚBLICO que, graças a um contacto promovido pela Câmara do Porto, estava em contacto com uma fábrica chinesa e iria importar ventiladores e outro material médico desse país. 

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