Coronavírus: Parlamento restringe visitas mas não fecha a porta para evitar “alarmismos”

Grupos de escolas ou outros visitantes dos concelhos onde foram detectados casos de infecção de covid-19 não poderão visitar a Assembleia da República. Não está prevista a hipótese de encerramento e as medidas estão a ser coordenadas com a DGS.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

A Assembleia da República está desde esta terça-feira a restringir as visitas de escolas e não deverá aceitar as visitas de alunos e de grupos organizados dos concelhos onde estão identificados casos de doentes com covid-19. Para já, o Parlamento não tomará medidas mais drásticas e manterá a porta aberta ao público para “evitar alarmismo”, seguindo as indicações da Direcção-Geral de Saúde.

O assunto foi discutido na reunião desta terça-feira de manhã da conferência de líderes. Questionada sobre a eventualidade de, a médio prazo, o Parlamento suspender os trabalhos, a secretária da Mesa, a deputada socialista Maria da Luz Rosinha, foi taxativa, vincando que tal questão “não está em cima da mesa”"Qualquer medida que viesse a ser tomada de encerramento puro e simples [da Assembleia da República] a pessoas que não fazem parte do quadro de pessoal ou que não são eleitos poderia criar situação de alarmismo que a Direcção-Geral de Saúde neste momento não recomenda.”

Estão, por isso, a ser “avaliadas as visitas agendadas tendo em conta os territórios de onde são oriundas” - de escolas, de grupos organizados e até a visita mensal no último sábado de Março. Ou seja, estão fora de questão visitas de grupos de concelhos como Felgueiras, Lousada, Portimão ou Amadora, especificou Maria da Luz Rosinha.

Foram também “canceladas as deslocações ao estrangeiro de funcionários e deputados”. E “todos os dias será acompanhado o evoluir da situação”. A “situação limite seria não entrar no Parlamento mais ninguém além dos eleitos e funcionários”, acrescenta a deputada. Outras orientações mais restritivas admitem-se quando houver algum caso de infecção no Parlamento.

Porém, neste momento o Parlamento não quer tomar uma decisão tão drástica porque “é uma entidade muito visível em relação a um país inteiro que neste momento está preocupado”.

A Assembleia da República dispõe de um plano de contingência há uma semana, que foi “coordenado com a DGS” e será aquela entidade a determinar se o plano precisa ser revisto. “Evitando alarmismos, não vamos fazer alterações ao plano coordenado com a DGS”, vincou o deputado Duarte Pacheco, também secretário da Mesa da Assembleia.

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