No Ponto: queijadas de Pereira, Montemor-o-Velho

As queijadas que se faziam em 1513 seriam iguais às que são feitas hoje? O que sabemos é que a tradição é antiga e o conhecimento passou de mão em mão.

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Na freguesia de Pereira, em Montemor-o-Velho, são várias as pastelarias e doceiras que se dedicam à produção destas queijadas. Fazem-se ainda de uma forma muito artesanal, porque têm de ser recheadas e fechadas à mão, uma a uma, e com a ajuda de um utensílio que consiste num pequeno ferro espetado numa rolha. A tradição diz que, para fechar a massa de cada queijada, deve-se vincar sete bicos a toda a volta do doce, para acomodar bem o recheio.

No foral de 1513 de Pereira, concedido por D. Manuel I, já aparece uma referência a queijadas. Seriam iguais a estas que hoje se fazem? O que sabemos é que a tradição é antiga e o conhecimento passou de mão em mão. Assim, esperamos que continue, para que não desapareça.

A massa contém simplesmente farinha, margarina e água morna. O recheio é feito com queijo fresco, açúcar e gemas de ovo. Depois de cozidas no forno, as queijadas de Pereira são empilhadas em grupos de seis ou de doze e embrulham-se em papel, prontas para qualquer viagem.

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A Doçaria Portuguesa
Cristina Castro criou o projecto No Ponto para registar e dar a conhecer os doces do país. Tem vindo a publicar a colecção A Doçaria Portuguesa, “os mais completos livros sobre a história e actualidade dos doces de Portugal”. A investigação para este trabalho levou a autora a viajar por todos os concelhos em busca de especialidades doceiras. A partir da oportunidade de ver como se faz, de falar com quem produz, de conhecer vidas, histórias e tradições associadas à doçaria, surgiram os vídeos que desvendam um pouco de cada doce. Regularmente, a Fugas revela um vídeo novo sobre um doce diferente.

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