Jornadas do CDS com um olho na saúde e outro nas legislativas

A Adolfo Mesquita Nunes caberá, na terça-feira, antecipar uma medida do programa do CDS na área da saúde.

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Já sem Nuno Melo, CDS junta-se no Porto para as últimas jornadas da legislatura LUSA/OCTAVIO PASSOS

O CDS-PP faz, na segunda e terça-feira, no Porto, jornadas parlamentares com as políticas de saúde como tema central, com a direcção a pretender que sejam um momento para “cerrar fileiras” a pensar nas legislativas.

Uma semana depois das europeias em que o partido ficou em quinto lugar, com 6,2%, Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS-PP, confessou a sua tristeza com os resultados, mas afirmou que agora é tempo de o partido se concentrar no que “é fundamental”, ou seja, “ter um bom resultado nas legislativas”, cuja campanha será dirigida pela deputada Ana Rita Bessa.

“Sinto o partido mobilizado. Com certeza que o partido está triste, eu também estou triste porque esperaria e preferia outro resultado, não conseguimos os nossos objectivos. Agora, há que cerrar fileiras, há que estarmos todos juntos, todos mobilizados, e estaremos com certeza, para aquilo que é fundamental que é ter um bom resultado nas eleições legislativas”, afirmou aos jornalistas, antecipando o programa da reunião da bancada do CDS-PP, na segunda e terça-feira, no Porto.

Estas serão as últimas jornadas parlamentares dos centristas nesta legislatura (a líder até já apresentou os nomes dos novos candidatos a deputados) e terão como tema central a saúde e as políticas de saúde.

Programa das jornadas

O dia de segunda-feira, começa com uma acção de voluntariado dos deputados no centro social e cultural da paróquia de Valbom, Gondomar, para, segundo o líder da bancada centrista, “sublinhar a ideia da valorização do sector social” e, “ao mesmo tempo, o envolvimento da sociedade civil na construção de uma sociedade melhor”. É “um sinal político”, descreveu Nuno Magalhães.

Segue-se a abertura das jornadas, com um discurso do líder parlamentar, e um almoço-debate com o médico António Ferreira, ex-director do Hospital de São João, do Porto.

À tarde, os deputados visitam o centro hospitalar de Vila Nova de Gaia, “um dos hospitais que mais problemas atravessou ao longos dos últimos meses, nomeadamente com as cativações do ministro [das Finanças, Mário] Centeno” e o dia termina com um jantar com as estruturas locais do partido.

Na terça-feira de manhã, há um painel sobre saúde, com Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Ana Paula Correia, bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, e António Araújo, presidente do conselho regional do Norte da Ordem dos Médicos.

O objectivo, disse Nuno Magalhães, é “ouvir o diagnóstico sobre o estado em que a saúde” chegou em Portugal e que “afecta, sobretudo, os mais desfavorecidos, os mais idosos, os que mais sofrem e que não têm tido qualquer resposta por parte deste Governo”.

No programa ainda consta uma apresentação de Adolfo Mesquita Nunes, o ex-vice-presidente que coordena o grupo de trabalho responsável pelo programa eleitoral para as legislativas, e o encerramento cabe à presidente do partido, Assunção Cristas.

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