Apenas quatro dias após ter anunciado que iria lançar voos entre a Europa e os Estados Unidos a partir de 14 dólares, a Ryanair veio agora corrigir a informação, dizendo que se tratou de uma “falha de comunicação”.
Num comunicado divulgado esta quinta-feira, 19 de Março, a "low cost" irlandesa esclarece que, “tendo em conta a cobertura mediática [dada ao tema], não está a considerar e não aprovou qualquer projecto transatlântico, nem está a equacionar fazê-lo”.
Em declarações ao "Financial Times", que avançou na segunda-feira que a Ryanair pretendia inaugurar voos entre a Europa e os EUA, o presidente executivo da transportadora aérea irlandesa, Michael O’Leary, admitiu que houve uma “falha de comunicação”.
Na segunda-feira, a low cost declarou ao jornal que “a administração aprovou os planos de negócio para o futuro, incluindo os [voos] transatlânticos”. Um porta-voz referia que a companhia “está em negociações com os fabricantes relativamente à compra de aviões de longo-curso”.
O "Financial Times" avançava mesmo que a intenção seria arrancar com a operação dentro de quatro a cinco anos, ligando 12 a 14 cidades europeias a destinos como Boston, Chicago, Miami, Nova Iorque e Washington.
As "low cost" tentam há muitos anos explorar, a preços baixos mas com sustentabilidade financeira, o mercado transatlântico, embora sem sucesso. Um exemplo é a norueguesa Air Shuttle, que inaugurou voos entre Londres e Nova Iorque em 2013, mas com tarifas que rondam os 250 euros.