Arderam 75.264 hectares este ano, a maior área da última década

Desde Janeiro, autoridades detiveram 64 pessoas, segundo o balanço feito pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.

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O incêndio que deflagrou em Pedrógão foi o que mais contribuiu para o recorde de área ardida Adriano Miranda

Os incêndios florestais já consumiram este ano 75.264 hectares de florestas, a maior área ardida da última década, quando se comparam períodos homólogos, anunciou esta terça-feira a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), informando que já foram detidas 64 pessoas desde Janeiro.

Em conferência de imprensa, o comandante operacional nacional da Protecção Civil, Rui Esteves, adiantou que, entre 1 de Janeiro e 24 de Julho, deflagraram 7795 incêndios florestais, que consumiram um total de 75.264 hectares, o que é a maior área ardida quando se olha para o que aconteceu nos primeiros sete meses de cada ano.

Rui Esteves afirmou que a média do número de ocorrências de fogo e de área ardida é "muito superior" ao decénio de 2007 a 2016. O comandante disse também que, desde do início do ano, a GNR deteve 25 pessoas e a Polícia Judiciária 39.

Na conferência de imprensa, Rui Esteves fez também um balanço da actividade operacional da semana entre 16 a 24 Julho, tendo-se registado 774 incêndios, que foram combatidos por 27.793 operacionais e 7387 veículos, além de se terem realizado 555 missões com meios aéreos.

Durante a última semana, os distritos mais fustigados pelos fogos foram Guarda, Vila Real, Viseu, Bragança e Castelo Branco.

O comandante disse ainda que os maiores incêndios, entre 16 e 24 Julho, deflagraram nos concelhos de Alijó (Vila Real), Mangualde (Viseu) e Guarda.

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