Fogo de Pedrógão Grande é o mais mortífero das últimas décadas

Número de vítimas mortais já é mais do que o dobro dos 25 militares que morreram em 1966 na serra de Sintra.

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Uma imagem de desolação em Pedrógrão Grande Adriano Miranda

O fogo que no sábado deflagrou no concelho de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, foi o que mais vítimas mortais provocou nos últimos anos em Portugal, com 62 mortos já confirmados pelo Governo.

O pior dos últimos anos aconteceu há mais de meio século, em Setembro de 1966, na serra de Sintra, que foi notícia em todo o mundo. Neste caso, morreram 25 militares do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa de Queluz (RAAF), quando tentavam combater as chamas.

Em 1985, em Armamar, 14 bombeiros foram apanhados pelas chamas e em 1986, em Águeda, o fogo provocou 16 mortos.

Mais recentemente, nos grandes incêndios de 2003, de norte a sul do país, morreram duas dezenas de pessoas.

Três anos depois, em 2006, no distrito da Guarda, cinco bombeiros chilenos morreram ao combaterem o fogo.

No ano 2012, centenas de incêndios registados provocaram seis mortos, quatro deles bombeiros.

Em Agosto de 2013, quando se registaram mais de 7000 incêndios, morreram nove pessoas — oito bombeiros e um civil — com 120 mil hectares de floresta ardida.

No ano passado, os incêndios na Madeira provocaram três mortos e destruíram 37 habitações, uma situação que levou o Governo a fazer um pedido de ajuda à União Europeia para o combate ao sinistro.

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