Altice avança para a Bolsa de Nova Iorque

A dona da PT anunciou hoje que irá lançar na Bolsa de Nova Iorque a sua subsidiária norte-americana, com um intervalo de preços que avalia a empresa num máximo de 1,4 mil milhões de dólares.

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Benoit Tessier

A dona da PT revelou que espera recolher mais de 300 milhões de euros com a abertura do capital da Altice USA a investidores privados, reutilizando-os para amortizar uma parte da dívida acumulada com a aquisição das empresas norte-americanas.

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a Altice fixou o intervalo de preços para a estreia da Altice USA em bolsa entre 27 e 31 dólares por acção, para um total de 46,6 milhões de acções que estarão à venda durante a operação. Valores que avaliam a empresa - que agrupa as operadores de cabo Cablevision e Suddenlink - entre 1260 e 1444 milhões de dólares. 

Segundo explica a dona da Portugal Telecom e Meo - marcas que irão desaparecer nos próximos meses, por iniciativa de Patrick Drahi -, o encaixe líquido da operação será direccionado para o reembolso de dívida, mais concretamente para amortizar parte dos 1,79 mil milhões de euros em obrigações de longo prazo, com juros de 10,875%. 

No prospecto entregue ao regulador norte-americano, a Altice estima que conseguirá um encaixe médio de 330 milhões de dólares (295 milhões de euros).

Na abertura do capital - concretizada através de uma complexa estrutura accionista -, a Altice irá colocar à venda 12,1 milhões de acções de classe A e os restantes 34,4 milhões de títulos serão transacionados por investidores institucionais, nomeadamente fundos de investimentos apoiados pela BC Partners e fundos de pensões ligados à Administração do Plano de Pensões do Canadá.

A dívida da Altice USA chega aos 24 mil milhões de dólares, sendo esta alavancagem um dos riscos identificados no prospecto da operação. Os activos da empresa estão avaliados, por seu turno, em 36,1 mil milhões de euros. Na operação participam os maiores bancos de investimento globais, com a J.P. Morgan, Morgan Stanley, Citigroup e Goldman Sachs à cabeça. 

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