Partidos cautelosos nos comentários à decisão de Pereira Gomes

Decisão do embaixador foi comunicada através do gabinete do primeiro-ministro.

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Partidos pronunciaram-se sobre decisão de Pereira Gomes de já não ir chefiar as secretas Enric Vives-Rubio

O líder parlamentar do PS, Carlos César, foi lapidar no comentário à indisponibilidade de José Júlio Pereira Gomes para assumir o cargo. "A forma como o fez tem dignidade e merece a nossa homenagem", afirmou aos jornalistas no Parlamento. De uma forma geral, os partidos foram cautelosos nos comentários sobre a decisão do embaixador. 

O deputado do PCP António Filipe disse respeitar a decisão do embaixador e lembrou que os mecanismos constitucionais "não chegaram a funcionar e não se chegou a realizar a audição" prevista na lei que é prévia e obrigatória antes da nomeação para o cargo. O bloquista José Manuel Pureza recordou que "atempadamente" o partido "manifestou a sua reserva", mas remeteu uma nova decisão para o primeiro-ministro. 

Do lado da direita, o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, disse lamentar mas respeitar a decisão do embaixador, lembrando que Passos Coelho deu assentimento ao nome "há meses". Telmo Correia, vice-presidente da bancada do CDS, considerou que a indisponibilidade agora manifestada "seria evidente mais dia, menos dia" face à polémica em torno de Pereira Gomes. O deputado considerou "urgente" resolver a substituição do actual secretário-geral das secretas tendo em conta em que se vive um momento em que a Europa está confrontada com actos de terrorismo. 

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