EUA acreditam que Rússia ajudou a tentar encobrir ataque químico na Síria

Fonte oficial ouvida pela AP diz que um drone russo sobrevoou a unidade hospitalar para onde se dirigiam as vítimas do ataque em Idblid e que, horas depois, o edifício foi bombardeado.

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LUSA/MOHAMMED BADRA

Uma fonte oficial dos EUA revelou à Associated Press (AP) que altos responsáveis norte-americanos chegaram à conlusão de que a Rússia sabia que o ataque com armas químicas iria ser realizado na província síria de Idlib, e que terá pelo menos ajudado a bombardear um hospital para encobrir o ataque.

Pelo menos 80 pessoas morreram na semana passada na sequência de um ataque com armas químicas. Bashar al-Assad tem sido responsabilizado pela utilização com este tipo de armas, que provocou também o primeiro ataque norte-americano contra o regime.

Segundo a fonte ouvida pela AP, as autoridades americanas acreditam que a Rússia sabia de antemão que o ataque iria ser realizado e que um drone russo sobrevoou o hospital para onde se dirigiam as vítimas. Horas depois de o drone ter deixado o local um jacto de fabrico russo bombardeou a unidade hospitalar. Os americanos acreditam que a acção tinha como objectivo o encobrimento do ataque químico.

A mesma fonte diz que a presença do drone não pode ter sido coincidência e que a Rússia tinha de ter conhecimento do ataque em Idlib e de que as pessoas que se dirigiam ao hospital bombardeado estavam à procura de assistência médica.

Até agora as autoridades norte-americanas procuravam saber se o drone era russo ou sírio, informação que terá sido esclarecida esta segunda-feira, faltando saber quem pilotava o jacto que procedeu ao bombardeamento.

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