Parlamento aprova audição de Vieira da Silva sobre Montepio

Ministro chamado a explicar hipótese de entrada da Santa Casa da Misericórdia no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

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A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), dona do banco, é supervisionada pelo ministério da Segurança Social Miguel Manso

Os deputados da comissão parlamentar de Trabalho aprovaram hoje por unanimidade a audição do ministro Vieira da Silva sobre a hipótese de a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) entrar no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

Os deputados da comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social aprovaram hoje por unanimidade o requerimento do CDS-PP a solicitar a audição do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, com urgência.

Em causa está a hipótese de a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) entrar no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

"O CDS não pode deixar de manifestar uma grande preocupação em relação a esta realidade. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem como missão desenvolver uma grande parte da acção social desenvolvida pelo Estado, para isso é dotada de condições privilegiadas, nomeadamente, em termos de angariação de fundos, sejam ao nível de impostos seja de receitas de jogo", sustentou, na semana passada, o deputado centrista Filipe Anacoreta Correia.

Para Anacoreta Correia, "notícias que dão conta de que fundos que são destinados aos mais necessitados sejam orientados para a actividade bancária" devem merecer "atenção e preocupação".

O ministro do Trabalho, António Vieira da Silva, disse na quinta-feira que o Governo vê com "simpatia e naturalidade" a eventual entrada da Santa Casa da Misericórdia e outras instituições da área social no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

O ministro comentava a notícia avançada pelo Diário de Notícias, segundo a qual o "Governo apadrinha entrada da Santa Casa no Montepio", assim como de outras instituições da área social no banco. O jornal adiantava ainda que o "projecto passa por recentrar a Caixa Económica no apoio à economia social".

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