Não uma, mas duas vezes: Carlos Costa vai ser ouvido duas vezes sobre o BES

Os deputados queriam fundir as audições do Governador, mas a presidente da comissão insistiu em audições autónomas.

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Carlos Costa, governador do Banco de Portugal Miguel Manso
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Teresa Leal Coelho não aceitou a fusão das audições Nuno Ferreira Santos

O governador do Banco de Portugal não vai ser ouvido apenas uma vez pelos deputados sobre o seu papel na supervisão do BES, mas duas vezes. Uma a pedido do PCP, outra a pedido do próprio. Assim, Carlos Costa vai ser ouvido, duas vezes no mesmo dia, para responder a perguntas sobre a queda do Espírito Santo. O dia ainda não ficou marcado, mas não será antes de dia 23 de Março.

O PCP tinha feito um pedido para ouvir o governador em Janeiro. Este pedido tinha sido aprovado, mas a audição ainda não tinha sido marcada. Depois, esta semana, foi o próprio governador a pedir para ser ouvido pelo Parlamento, na sequência da reportagem da SIC sobre o tema, enviando uma carta ao presidente da Assembleia da República para dar explicações adicionais aos deputados sobre a supervisão no caso do BES.

Os deputados discutiram esta terça-feira como poderiam fazer a audições e todos se disponibilizaram para uma fusão, uma vez que se trata do mesmo tema, mas Teresa Leal Coelho insiste que terão de ser uma audições autónomaa. “Não aceito a fusão das duas audições”, disse esta tarde a presidente da comissão, Teresa Leal Coelho.

O PCP até colocou a possibilidade de dar a palavra ao governador em primeiro lugar, cedendo assim ao pedido de Carlos Costa para ser ouvido, mas essa solução não foi aceite por Teresa Leal Coelho. “Havia um consenso que só foi quebrado pela senhora presidente”, disse Miguel Tiago do PCP, que apenas pediu para que a audição a pedido do PCP seja anterior àquela que será por resposta ao pedido do governador.

“Ouvi todos os grupos parlamentares, mas tenho a minha posição”, reiterou. “É preciso tratar com dignidade o pedido do Governador”, insistiu.

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