Bloco explica por que recusou proposta do Governo

Em causa a recusa de descida da TSU para trabalhadores.

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O Bloco de Esquerda (BE) explica, numa nota de imprensa, emitida nesta véspera de Natal, por que não aceitou a proposta do Governo para reduzir a TSU dos trabalhadores: é que a ideia era compensar um eventual aumento menor do salário mínimo (que não era o que estava no acordo assinado com o PS) e, de todo o modo, mantinha a redução de TSU que está ainda em vigor para os patrões.

"O Bloco de Esquerda não aceita a desresponsabilização do patronato pelos aumentos salariais decididos e a sua substituição por medidas compensatórias em sede de TSU", diz o comunicado, acrescentando que "o valor de 557 euros para o SMN em Janeiro de 2017 não ficou definido num cartaz. É um ponto do acordo assinado pelo Bloco de Esquerda e pelo PS em 2015."

Explicando que a redução da TSU dos trabalhadores, em si, não seria recusada pelo partido, o BE anota que "nas reuniões tidas com o Bloco, o Governo nunca admitiu a eliminação ou sequer a redução do desconto de 0,75% na TSU que vigorou em 2016." E sublinha porque não quis, na sexa-feira, falar sobre a notícia, quando contactado previamente pelo PÚBLICO: "o Bloco de Esquerda não aceitou dar informações sobre o conteúdo das reuniões com o Governo, por considerar que o que é reservado deve ser mantido sob reserva."

Nota de imprensa do Bloco na íntegra

Sobre a manchete e notícia do PÚBLICO de hoje:

1. O valor de 557 euros para o SMN em Janeiro de 2017 não ficou definido num cartaz. É um ponto do acordo assinado pelo Bloco de Esquerda e pelo PS em 2015.

2. O Bloco de Esquerda não aceita a desresponsabilização do patronato pelos aumentos salariais decididos e a sua substituição por medidas compensatórias em sede de TSU. No acordo com o PS, o Bloco admitiu a redução da TSU paga pelos trabalhadores com salários mais baixos, uma medida para aumentar de imediato o rendimento disponível destas famílias e nunca destinada a dispensar os patrões das suas responsabilidades salariais.

3. Nas reuniões tidas com o Bloco, o Governo nunca admitiu a eliminação ou sequer a redução do desconto de 0,75% na TSU que vigorou em 2016.

4. Contactado pelo PÚBLICO, o Bloco de Esquerda não aceitou dar informações sobre o conteúdo das reuniões com o Governo, por considerar que o que é reservado deve ser mantido sob reserva.

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