O mês de Junho assistiu a um agravamento da balança comercial de bens, com o défice a subir 68 milhões de euros em termos homólogos, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo INE. Nesse mês, as exportações caíram 2%, enquanto as importações recuaram a um menor ritmo: 0,4%.

A venda de bens ao exterior continua a ser bastante penalizada pelos mercados extra-europeus, com destaque para Angola. O ritmo da descida continua a manter-se elevado, tendo as exportações para este país africano, um dos principais clientes dos produtos portugueses, caído 42% em termos homólogos, o que equivale a menos 73 milhões de euros. Já as vendas para China, outro país que tem tido impactos negativos na balança comercial, desceram 39,5% (-49 milhões). Em termos consolidados, as vendas para a Angola já cairam 478 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Já no caso da China houve um recuo de 166 milhões.

Ao excluir das contas os valores relativos a combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 0,5% e as importações cresceram 3,6%, o que, neste caso, faz elevar o défice da balança comercial em 151 milhões de euros.

Em termos do segundo trimestre deste ano, nota o INE, as exportações de bens decresceram 1,9% e a importações desceram 3,7%.