Certificados do Estado captaram 293 milhões de euros em Fevereiro

Dívida pública aumentou 3300 milhões de euros em Janeiro.

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Produtos do Estado oferecem maior rentabilidade que os tradicionais depósitos bancários. AFP PHOTO / DANIEL ROLAND

O valor investido em Certificados do Tesouro Poupança Mais e Certificados de Aforro cresceu 612 milhões de euros nos dois primeiros meses do ano, revelam os dados do boletim estatístico do Banco de Portugal, divulgados nesta segunda-feira.

As poupanças confiadas ao Estado continuam a crescer. Em Fevereiro, os portugueses aplicaram 277 milhões em Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) e em Certificados de Aforro (CA).

A grande maioria das aplicações, num total de 277 milhões de euros, foi feita em CTPM, acima dos 245 milhões canalizados em Janeiro, o que se explica pela maior rentabilidade que oferecem. Nos primeiros dois meses do ano, este produto já captou 522 milhões de euros.

Nos “velhos” CA, cuja taxa de rentabilidade tem sido prejudicada pela evolução negativa da Euribor, registou-se subscrições líquidas de 16 milhões de euros. O saldo deste produto aumentou 25 milhões de euros, mas nove milhões são relativos a juros e a prémios de permanência.

A meta do Estado para captações em 2016 através destes dois produtos foi revista em alta recentemente, de 1,7 mil milhões de euros para dois mil milhões de euros.

As baixas taxas de juro dos tradicionais depósitos a prazo, que chegam mesmo a zero nos prazos mais curos, ajuda a explicar o crescimento de poupanças aplicadas na dívida do Estado.

De acordo com o boletim estatístico, a dívida pública na óptica de Maastricht subiu mais de 3300 milhões de euros em Janeiro face a Dezembro, fixando-se em 234.396 milhões de euros.

Já a dívida líquida de depósitos da administração central diminuiu perto de 600 milhões de euros em Janeiro, para 217.149 milhões de euros.

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