Mãe de Rodrigo abandona velório do filho escoltada pela GNR

Autoridades tiveram de intervir na sequência de desacatos e insultos à mãe do jovem assassinado no Algarve.

Foto
Filipe Farinha/Stills

A mãe do jovem de 15 anos que terá sido assassinado pelo padrasto no Algarve foi obrigada esta sexta-feira a abandonar o velório do filho, que decorre desde o final da tarde na Igreja da Misericórdia da vila de Estômbar, em Lagoa, onde vive o pai do menor. Insultada por familiares do ex-companheiro, a mulher, Célia Barreto que aceitou esta sexta-feira que a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Portimão lhe retirasse a filha, um bebé de seis meses — foi escoltada por militares da GNR até uma viatura e retirada do local.

O tenente-coronel José Palhau, do Comando Territorial de Faro da GNR, confirmou ao PÚBLICO que ocorreram desacatos no velório, mas garantiu que a mãe do Rodrigo não foi agredida. O militar explicou que a GNR esteve a acompanhar Célia Barreto durante todo o dia e estava preparada para esta eventualidade. Por isso mesmo, destacou para o local elementos à civil, que estiveram dentro do templo, e outros fardados, que aguardavam a saída da mãe do Rodrigo no exterior da igreja.

“Acompanhámos a mãe do Rodrigo ao velório e garantimos que a senhora conseguia chegar ao pé do caixão do filho, onde esteve uns minutos. Nessa altura houve alguns apupos por parte de elementos da família do pai do jovem e de amigos deste, mas isso são situações que não podemos controlar”, afirma José Palhau.

Na página criada no Facebook para homenagear Rodrigo Lapa, foram partilhadas as imagens da CMTV, nas quais se vê a mãe do Rodrigo a sair da igreja escoltada por cinco elementos fardados da GNR, que entraram na igreja para a retirar. Na página do Facebook fazem-se vários apelos à calma. “Pedimos calma a quem pensa ir ao velório”, lia-se numa mensagem, que admitia a possibilidade de a mãe do Rodrigo se deslocar à igreja.

As cerimónias fúnebres do jovem estão marcado para este sábado de manhã na Igreja Matriz de Estômbar. Para o mesmo dia, mas às 21h na zona ribeirinha de Portimão está marcada uma homenagem ao rapaz. Os organizadores pedem a todos que quiserem participar que se vistam de branco e tragam uma flor da mesma cor. 

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