Taxistas de São Paulo proibidos de usar calções e falar de futebol

Normas foram alteradas por causa da entrada da Uber no mercado paulista.

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Público/arquivo

Os taxistas da cidade brasileira de São Paulo têm desde segunda-feira um novo código de conduta que os proibe de usar calções e de falar sobre futebol com os clientes. O objectivo das novas regras é colocar os taxistas ao mesmo nível dos motoristas da Uber. Tal como noutras cidades espalhadas pelo mundo, também os profissionais paulistas contestaram a entrada deste serviço nas ruas da cidade.

Ao abrigo das regras estabelecidas num decreto municipal publicado no final de Dezembo, os taxistas devem usar camisa, calças de ganga escura ou de fato, cinto e sapatos fechados. As autoridades municipais podem aplicar multas aos motoristas de táxi que usarem chinelos ou estiverem mal penteados, mal barbeados ou com as unhas sujas. Se forem motoristas de carros de luxo, tem mesmo de vestir smoking ou um fato com gravata.

Por outro lado, têm de "evitar polémicas" ligadas ao futebol, à política ou à religião e devem receber os passageiros com "optimismo e alegria". Dizer insultos é proibido, assim como discriminar passageiros. E a partir de 4 de Março, todos os taxistas passam a ter de dar a possibilidade aos clientes de pagarem com cartão.

Para lá dos motoristas, também os carros passaram, desde segunda-feira, a ter de estar sempre polidos, aspirados e com cintos de segurança em todos os bancos.

As novas regras fazem parte de um programa do município que visa padronizar o exercício desta actividade na cidade e colocar em pé de igualdade o serviço oferecido pelos táxis tradicionais e os da Uber.

Tal como aconteceu noutras partes do mundo, os motoristas de táxi de São Paulo opuseram-se à entrada da Uber na cidade, onde vivem 12 milhões de pessoas, e protestam desde há meses contra os projectos do município para regulamentar a actividade dos novos operadores.

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