Bolsas chinesas em alta após cancelamento do mecanismo de suspensão

Bolsas europeias e petróleo seguem a negociar com ganhos moderados.

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Mercados accionistas chineses terminam semana com ganhos. Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP

A suspensão do mecanismo automático de interrupção das negociações teve o efeito desejado, pela menos na sessão desta sexta-feira, que acabou por ser a primeira da semana em que fecharam a subir: Xangai, a maior praça financeira chinesa, fechou a subir 1,97%, e Shenzhen subiu 1,05%.

Os mecanismos de suspensão automática, introduzidos na segunda-feira, levaram ao encerramento antecipado das bolsas em duas sessões, que no caso desta quinta-feira aconteceu 28 minutos após o arranque. O sistema, criado para travar as fortes quedas dos índices, estava a gerar um efeito contrário, empolando as próprias quedas, acabando por levar as autoridades a avançar com o seu cancelamento.

Os limites de suspensão automática eram accionados sempre que as quedas superavam os 5% (paragem temporária de 15 minutos) e 7% (encerramento definitivo da sessão), níveis que parecem desadequados para as bolsas chinesas, que registam actualmente elevados níveis de volatilidade. As fortes variações são explicadas por várias razões, onde se inclui as sucessivas desvalorizações do yuan, a desaceleração da economia chinesa e mundial, os limites à venda de grandes participações accionistas, e ainda o elevado número de investidores particulares, com poucos anos de experiência de investimento em mercado accionista.

As bolsas europeias, que tem sido fortemente influenciadas pelo ritmo dos mercados chineses, arrancaram esta sexta-feira a negociar em alta moderada, mas acabaram por resvalar para terreno negativo. Em Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,3%, com o BPI, Sonae (dona do PÚBLICO) e BCB a liderarem as quedas. Já o a passo que  A liderança dos ganhos pertence à bolsa de Lisboa, onde o PSI 20 sobe 1,27%. As praças de Frankfurt, de Paris e de Madrid sobem menos de 1%.

A ajudar as bolsas está a recuperação ligeira da cotação do Brent, que segue a negociar na bolsa de londres a 34,35, mais 1,5% que na sessão de quinta-feira. O nível actual do petróleo de referência para a Europa corresponde a mínimos de 11 anos.

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