O preço do barril do petróleo no mercado de Londres chegou a negociar nesta terça-feira abaixo da barreira dos 40 dólares, o que acontece pela primeira vez em sete anos.

O preço do petróleo tem vindo a agudizar a sua tendência de queda depois de, na sexta-feira passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter decidido não reduzir a produção, que se mantém assim em cerca de 30 milhões de barris diários.

Alguns membros da organização defendiam uma redução da produção para apoiar os preços, que têm permanecido muito baixos, mas a Arábia Saudita tem vindo a opor-se a essa pretensão.

No mercado londrino, um barril de Brent para entrega em Janeiro desceu ao início da tarde para os 39,81 dólares, um mínimo desde 20 de Fevereiro de 2009. O Brent conseguiu depois aliviar a queda, para 40,4 dólares, recuando 0,74%.

Já no mercado de Nova Iorque, o crude (também para entrega em Janeiro) estava em queda para 36,64 dólares, o nível mais baixo desde 19 de Fevereiro de 2009. Os preços do petróleo já perderam mais de 60% do valor desde meados de 2014.

As bolsas europeias encerraram em queda, seguindo a trajectória dos mercados asiáticos, e contagiaram os índices de Wall Street, que seguem no vermelho, com desvalorizações inferiores a 1%.

A notícia de que as importações e as exportações chinesas continuaram a cair em Novembro veio reavivar os receios dos investidores em relação ao desempenho económico da China, levando a uma descida no preço das matérias-primas na sessão desta terça-feira e a uma desvalorização generalizada das bolsas de referência nos diferentes mercados.

Na Europa, a praça de Frankfurt desvalorizou-se 1,95%, Paris recuou 1,57%, Londres fechou com uma desvalorização de 1,42%, enquanto Madrid apresentou uma descida de 2,04% e Milão uma queda de 2,26%.