A discreta privatização da Fernave

Privados vão entrar no capital da empresa da CP.

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Joana Freitas

A Fernave, uma empresa da CP dedicada à formação, está também em processo de privatização – tal como as suas “irmãs” CP Carga e a EMEF -, mas num processo discreto sem abertura de concurso público.

O PÚBLICO apurou que o capital social da CP, até agora única accionista da empresa, será reduzido para 30% através da entrada da Infraestruturas de Portugal (que resultou da fusão da Refer com a Estradas de Portugal), que ficará também com 30%. Está também prevista a entrada de um grupo privado e de um estabelecimento de ensino superior público, que deverão ficar ambos com 40% da empresa.

Este processo encontra-se em fase adiantada e estabelece que a maioria do capital social continuará a ser público. A entrada da Infra-estruturas de Portugal é, em rigor, uma reentrada posto que a Refer já fez parte do capital social da Fernave.

Quando foi criada, em 1992, esta empresa era igualmente detida pela Transtejo, STCP, Metro de Lisboa e Carris, mas todos acabaram por se retirar, ficando a CP sozinha.

Com prejuízos constantes durante vários anos, a Fernave inverteu recentemente a situação graças a projectos de formação na área dos transportes, em especial em Angola e Moçambique, que a tornou mais apetecível para os privados.

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