BPI mantém plano para a compra do Novo Banco

Banco português sublinha “apoio permanente” do CaixaBank desde 1995.

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Fernando Ulrich Nuno Ferreira Santos

Poucas horas depois de os espanhóis do CaixaBank anunciarem a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI, o banco português veio esclarecer que se mantém na corrida pela compra do Novo Banco.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM), o presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, e o chairman, Artur Santos Silva, sublinham que o CaixaBank tem mantido “um apoio permanente à estratégia de crescimento e afirmação do Grupo BPI nos últimos 20 anos”.

O CaixaBank, que detém uma participação de 44,1% no BPI, lançou nesta terça-feira de manhã um anúncio preliminar de OPA sobre o banco, propondo pagar 1,329 euros por acção, para ficar com 100% da instituição liderada por Fernando Ulrich.

Quanto ao interesse na aquisição do Novo Banco, agora que as 15 instituições na corrida têm de formalizar uma proposta de compra (ainda não vinculativa) até 20 de Março, o BPI garante que nada muda com o facto de ter sido lançada a OPA.

“Independentemente dos desenvolvimentos do processo da Oferta, o Banco BPI, SA, prosseguirá sem alterações e com inteira normalidade o seu plano de actividades, incluindo a anunciada candidatura à aquisição do Novo Banco, nos termos estabelecidos pelas autoridades”, assegura o BPI em comunicado.

Duas das 17 demonstrações de interesse no Novo Banco já foram afastadas da corrida. O Banco de Portugal (BdP) anunciou na segunda-feira ter eliminado dois interessados, por não cumprirem os requisitos de pré-qualificação. As 15 entidades que se mantêm na corrida têm agora de apresentar uma proposta formal, embora não vinculativa, sendo obrigadas a propor uma valor de compra pelo banco que reúne os activos “bons” que resultaram da divisão do Banco Espírito Santo (BES).

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