O secretário-geral do Grupo Espírito Santo, José Castella, e o contabilista Francisco Machado da Cruz solicitaram ao presidente da comissão parlamentar de inquérito ao colapso do BES/GES que as suas audições fossem realizadas à porta fechada.

Castella e Machado da Cruz alegam que estão sob investigações em Portugal e no Luxemburgo, e que tiveram acesso a informação constante dos mandados de busca.

Os deputados concordaram com os pedidos de José Castella e Francisco Machado da Cruz, mas realçaram o caracter excepcional da solução, com o Bloco de Esquerda a salientar que a posição favorável fica dependente dos depoimentos de ambos para que a verdade seja apurada.

José Castella vai ser ouvido nesta quarta-feira, na comissão parlamentar de inquérito, e Francisco Machado da Cruz no dia seguinte, quinta-feira.

Em causa estão dois dos principais protagonistas do caso BES/GES. Castella era o responsável pelas gravações das reuniões do Conselho Superior do GES, enquanto Machado da Cruz, o autor da manipulação das contas da ESI que geraram um buraco de 1300 milhões de euros.

O contabilista afirma que cometeu a ilicitudes com conhecimento de Ricardo Salgado, o que o ex-presidente do BES nega.