Fabricante de armas processada pelas famílias das vítimas do massacre de Sandy Hook

Acção procura impedir o acesso a armas de tipo militar. A venda destes produtos termina em tiroteios e massacres, dizem os familiares das professoras e crianças atingidas na escola de Newtown.

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A população de Newtown assinalou o segundo aniversário da tragédia no domingo REUTERS/Adrees Latif

Os familiares das vítimas do massacre da escola de Sandy Hook, em Newtown, apresentaram uma queixa contra a empresa Bushmaster Firearms Internacional, fabricante da arma utilizada naquele ataque, a 14 de Dezembro de 2012.

Na acção, interposta esta segunda-feira num tribunal do estado do Connecticut (onde na véspera se assinalou o segundo aniversário da tragédia), os familiares argumentam que a venda da espingarda semi-automática Bushmaster AR-15, que equiparam a uma arma de uso militar, devia ser interdita.

“Demasiadas vezes, indivíduos instáveis e criminosos tiveram acesso fácil a espingardas AR-15, cujo poder letal se tornou visível nas nossas ruas. A trágica e previsível consequência do uso civil desta arma é clara: tiroteios e massacres”, dizem os queixosos.

Além da Bushmaster Firearms, o processo cita a empresa distribuidora de armamento Camfour, que forneceu a espingarda utilizada no ataque de Newtown, e ainda a loja de armas Riverview Gun Sales, onde o atirador comprou o seu arsenal.

“Nenhuma destas companhias assumiu qualquer responsabilidade pela distribuição, promoção e venda de um produto que a população geral não está treinada para usar, nem sequer para compreender o seu poder”, lamentou Bill Sherlach, um dos subscritores da acção que perdeu a mulher no ataque.

Antes de se dirigir à escola de Sandy Hook, Adam Lanza, de 20 anos, matou a mãe dentro de casa. Na escola, disparou indiscriminadamente sobre as crianças dentro de uma sala de aula, matando 20 e seis professoras. À chegada da polícia, disparou sobre si próprio.

No decurso da investigação constatou-se que Lanza sofria de doença mental.

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