Lobo Antunes assina manifesto “Deixem os catalães votar”

Os dois primeiros signatários são os Nobel da Paz Desmond Tutu e Pérez Esquivel.

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Manifestante nas celebrações do dia nacional da Catalunha, a 11 de Setembro Josep Lago/AFP

Recordando as “diferentes formas” através das quais “uma maioria de catalães expressou repetidamente a vontade de exercer o seu direito democrático de votar sobre o seu futuro político” (sondagens ou manifestações como as que se têm realizado a cada 11 de Setembro, dia nacional da região), os signatários pedem “ao Governo e às instituições espanholas para permitem à Catalunha votar e depois negociar em boa-fé com base no resultado”.

Depois de ver o Tribunal Constitucional chumbar a sua proposta de referendar a independência, o governo regional da Catalunha decidiu marcar uma consulta simbólica para daqui a uma semana, a 9 de Novembro, mas Madrid está a tentar usar todos os recursos jurídicos ao seu dispor para impugnar qualquer tipo de votação.

“A melhor forma de resolver as disputas internas legítimas é usando as ferramentas da democracia”, lê-se ainda no manifesto, que dá como exemplos as várias votações que já tiveram lugar no Quebeque e o referendo de Setembro na Escócia, onde a maioria da população escolheu continuar a integrar o Reino Unido.

O realizador britânico Ken Loach, o crítico literário norte-americano Harold Bloom, o historiador britânico Paul Preston, o diplomata dos Estados Unidos Ambler Moss, o produtor e activista irlandês Bill Shipsey e os sociólogos Saskia Sassen (holandesa) e Richard Sennett (norte-americano) são os restantes promotores deste manifesto.

 

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