Más notícias sobre a economia alemã travam bolsas europeias

Depois da queda para mínimo de nove meses, euro recuperou com expectativa de maior intervenção do BCE.

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Draghi sob pressão para forçar crescimento económico REUTERS/Kai Pfaffenbach

O euro, que chegou a cair para um mínimo de nove meses, acabou por recuperar terreno, valorizando 0,1%, para 1,337 dólares.

A recuperação do euro e a resistência das bolsas europeias, entre ganhos e quedas moderadas, é explicada pela expectativa de que, perante o quadro de anemia económica e inflação baixa, o Banco Central Europeu venha a ser obrigado a recorrer a artilharia mais pesada para potenciar o crescimento das economias da moeda única.

"Perante isto, continuamos a acreditar que o BCE precisa de aplicar mais medidas de política monetária - provavelmente, na forma de um programa completo de quantitative easing - para acelerar a recuperação económica", afirmou à agência Reuters Jonathan Loynes, economista-chefe da Capital Economics.

No fecho da sessão, o principal índice alemão, o DAX, apresentou um ganho 0,29% e os juros das obrigações soberanas alemãs, consideradas activos de refúgio, chegaram a cair abaixo de 1%, renovando mínimos históricos.

O CAC de Paris fechou com um ganho modesto de 0,25%, o Euro Stoxx, que agrupa as 50 maiores cotadas da Europa, ficou-se por uma valorização de 0,14%.

A praça portuguesa encerrou a ganhar 1,02%, puxada pelo sector financeiro, que amealhou valorizações entre 2% e 4%. Esta subida deve ser entendida como uma recuperação face às elevadas perdas acumuladas na sequência da derrocada do Grupo Espírito Santo.

A não escapar às quedas esteve o Ibex 35, de Madrid, que encerrou a perder 0,09%, e o FTSE MIB, de Milão, que encerrou a perder 0,29%.

Expressiva foi a queda da cotação do petróleo, com o crude, cotado em Nova Iorque, a cair 1,28%, e o brent, cotado em Londres e referência para a Europa, a desvalorizar 2,32%.

O Eurostat revelou esta quinta-feira que a economia da zona euro estagnou no segundo trimestre face ao anterior, quando nos primeiros três meses tinha registado um crescimento de 0,2%. Face ao período homólogo do ano passado, registou-se um crescimento de 0,7%, em desaceleração face aos 0,9% dos primeiros três meses do ano.
 

   





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