Antes de começar, a greve na TAP já está a provocar atrasos

Greve dos pilotos começa à meia-noite, mas já há notificações de atrasos para as primeiras horas da madrugada de domingo.

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A greve convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) ainda nem começou e já há impactos negativos para os passageiros. A paragem de 24 horas, com início marcado para meia-noite deste sábado, levou desde logo a atrasos nos voos que saem de Lisboa nas primeiras horas da madrugada de domingo.

De acordo com as informações da transportadora aérea liderada por Fernando Pinto, as ligações com Helsínquia, Dakar, São Petersburgo, Talin, Sal e Praia, não vão sair à hora previamente estabelecida.

Esta sexta-feira, de acordo com informações da companhia, o número de cerca de 27 mil passageiros que já tinham viagens marcadas e que, por causa da greve,  mudaram ou cancelaram os seus voos, de um total de 42 mil, mantinha-se sensivelmente o mesmo.

A TAP não adianta, no entanto, quantos passageiros pediram o reembolso, causando assim perdas de receita para a empresa. “A grande maioria mudou para uma data próxima, mas não temos números disponíveis quanto às diversas opções”, afirmou o departamento de comunicação.

Sobre os restantes 15 mil passageiros, a TAP afirma que mantém “a tentativa de contacto com os passageiros” mas “que há sempre uma parte que não deixa à companhia” o seu número. “Esse núcleo vai ser gerido amanhã durante o dia em paralelo com a possibilidade de haver pilotos que não façam greve, permitindo a realização de alguns voos”. Mesmo assim, os responsáveis da transportadora aérea dizem não ter dúvida que, “naturalmente”, “haverá cancelamentos”, embora acrescente que tal “poderá não ser crítico, pois muitos voos já não têm praticamente passageiros reservados.

A transportadora aérea já afirmou que dos 350 voos previstos há 200 que se vão realizar, entre voos da TAP mas que são operados pela PGA (que não está em greve), “mais voos de serviços mínimos ou outros”. O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social já tinha determinado a obrigatoriedade de prestação de serviços mínimos, com a realização dos voos de regresso a Portugal e de 11 ligações a países lusófonos ou com grandes comunidades emigrantes.

Por parte do SPAC, o presidente do sindicato, Jaime Prieto, diz que esta é “uma greve de manifesto”, contra os problemas que se têm vindo a arrastar, como “o mau ambiente laboral, criado pela política administrativa”, e a “má gestão operacional.

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