Secretário-geral do PS quer criar acordo de concertação social estratégico

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António José Seguro Rui Gaudêncio

O secretário-geral do PS, António José Seguro, comprometeu-se neste 1º de Maio em criar um acordo de concertação social estratégico, que tenha como prioridade o emprego, caso seja eleito primeiro-ministro.

"Se merecer a confiança do povo português para governar o nosso país, vou empenhar-me, desde a primeira hora, na elaboração de um acordo de concertação social estratégica, um acordo de médio prazo que tenha como prioridade o emprego", disse António José Seguro num encontro com sindicalistas para assinalar o 1º de Maio, Dia do Trabalhador.

O líder socialista adiantou que a prioridade do partido é o emprego e "será o centro de todas as políticas do próximo Governo do país".

"Não compete ao Estado criar emprego, mas compete ao Estado definir políticas públicas em concertação com os representantes dos trabalhadores e dos empresários", sublinhou.

Nesse sentido, destacou que a política de rendimentos, as prestações sociais, o sistema fiscal, a contratação coletiva e a formação profissional dirigida aos desempregados como "pontos essenciais que têm que fazer parte desse acordo".

Durante o encontro, o secretário-geral do PS criticou também o novo aumento de impostos previsto no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), apresentado na quarta-feira, acusando o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, "de faltar à verdade" e "enganar" os portugueses.

"Ouvimos ontem um novo engano, uma nova mentira, este primeiro-ministro falta à verdade permanentemente, falta à palavra, e ontem quando julgávamos que já não nos surpreendíamos, fomos novamente surpreendidos pelo Governo com aumento de impostos, aumento do IVA, aumento da TSU dos trabalhadores e aumento do imposto especial sobre produtos" sustentou.

António José Seguro salientou igualmente que "os cortes que o primeiro-ministro disse que nunca faria, que era provisórios, passaram agora a definitivos", como é o caso da contribuição extraordinária, embora tenha agora um novo nome, a contribuição de sustentabilidade.

"Como é que estes homens e esta mulher [ministra das Finanças] podem continuar no Governo? Como é que os portugueses podem confiar num Governo que nos mente, engana e que diz uma coisa e faz outra", questionou.

Promovido pela Tendência Sindical Socialista (TSS), no encontro participaram também o cabeça de lista socialista às eleições europeias, Francisco Assis, o secretário-geral da UGT e da TSS, Carlos Silva, e o líder da Corrente Sindical Socialista na CGTP-IN, Carlos Trindade.

António José Seguro aproveitou ainda o encontro e a presença de Francisco Assis para apelar ao voto no PS nas eleições europeias, que se realizam a 25 de maio.

"Dia 25 de maio é o dia em que cada português tem a possibilidade de canalizar o seu protesto e dizer que quer um novo rumo para Portugal", afirmou, frisando que o voto no Partido Socialista é aquele que "verdadeiramente derrota a política de empobrecimento e desigualdade deste Governo".

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