União Europeia alarga lista de pessoas com vistos suspensos e bens congelados

Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE desbloqueiam 1,4 mil milhões de euros em "assistência económica" à Ucrânia e decidem reduzir ou eliminar taxas alfandegárias.

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A alta representante da UE para a política externa, Catherine Ashton, com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, Jean Asselborn GEORGES GOBET/AFP

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia anunciaram nesta segunda-feira que vão incluir mais nomes na lista de cidadãos russos e ucranianos que viram os seus vistos suspensos e os seus bens na Europa congelados, numa resposta aos mais recentes desenvolvimentos no Leste da Ucrânia.

"A União Europeia condena as acções levadas a cabo por indivíduos armados em cidades do Leste da Ucrânia. Estas tentativas de desestabilizar a Ucrânia devem terminar. O Conselho apela a todas as partes que iniciem um diálogo com vista a uma solução pacífica", lê-se no comunicado do Conselho da União Europeia.

Sem nunca acusar directamente a Rússia de instigar as recentes ocupações de edifícios governamentais por milícias pró-russas, o Conselho "recorda que quaisquer novos passos da Federação Russa para desestabilizar a situação na Ucrânia teriam consequências adicionais e de longo alcance para as relações entre a União Europeia e os seus Estados-membros, de um lado, e a Federação Russa, do outro".

"O Conselho faz notar que estão a decorrer os trabalhos preparatórios da Comissão e dos Estados-membros com vista à aplicação de medidas direccionadas, tal como foi pedido pelo Conselho Europeu em Março, para que novos passos possam ser dados se os acontecimentos assim o exigirem."

Antes da reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, descreveu a ocupação de edifícios no Leste da Ucrânia como "algo que está a ser planeado e executado pela Rússia".

A União Europeia aprovou também um conjunto de medidas que prevê uma "assistência económica" à Ucrânia no total de 1,4 mil milhões de euros e "a temporária redução ou eliminação de taxas alfandegárias" aplicadas às exportações ucranianas para os países da UE.

Do outro lado do Atlântico chegou também a promessa de uma ajuda financeira à Ucrânia, no valor de mil milhões de dólares (cerca de 720 mil milhões de euros).

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