FMI melhora previsões para o desemprego

Fundo espera que a taxa de desemprego chegue aos 16,8% este ano, uma melhoria face à última estimativa que apontava para 17,7%.

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No último trimestre de 2013, o desemprego recuou para 15,3% PAULO PIMENTA

O Fundo Monetário Internacional (FMI) entende que o desemprego continua em níveis “inaceitáveis”, mas os recentes sinais de retoma da economia e o recuo do desemprego verificado no último trimestre de 2013 são sinais positivos que levam o organismo internacional a melhorar as suas perspectivas.

No relatório da décima avaliação, o FMI aponta para uma taxa de desemprego de 16,8% em 2014, uma melhoria face aos 17,7% estimados nas avaliações anteriores.

Depois de atingir o pico no final do corrente ano, a taxa de desemprego começará a descer para 16,5% em 2015 (17,3% na anterior revisão do memorando) e só em 2018 será inferior a 15%, com o FMI a apontar para uma taxa de 14,8%.

O organismo considera que a taxa de desemprego está ainda em níveis "inaceitavelmente altos", com destaque para os jovens e o desempegados de longa duração (que procuram emprego há mais de um ano) o que pode, segundo o FMI, ter um impacto duradouro no capital humano do país.

De acordo com os dados recentes do Instituto Nacional de Estatística, em 2013 o desemprego tingiu 16,3% da população activa, um aumento face aos 15,7% apurados no final de 2012. Mas no último trimestre do ano, o desemprego recuou para 15,3% (face aos 16,9% do último trimestre de 2012) e, pela primeira vez desde 2008, a população empregada teve um crescimento homólogo, interrompendo-se um período de cinco anos e meio de decréscimos sucessivos.

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