Serviços e Construção agravam quedas em Novembro
Dados do INE mostram que Novembro foi um mês especialmente negativo para os salários no sector dos serviços.
Os indicadores que medem o volume de negócios nos serviços e a produção na construção sofreram em Novembro um aperto superior ao que foi registado um mês antes, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No sector dos serviços, o volume de negócios caiu 8,3% em Novembro face ao mesmo mês de 2011, o que agravou a quebra de 7,7% que havia sido registada em Outubro. A evolução mensal foi também mais negativa do que em Outubro, como indica o relatório do INE, que aponta para uma queda de 2,2% em termos mensais em Novembro, mais do que em Outubro, quando caíra 1,2% face ao mês anterior. O volume de negócios caiu 2,2% em termos mensais em Novembro, quando, em Outubro, tinha caído 1,2%.
Na dimensão laboral, os indicadores revelados nesta quinta-feira pelo INE mostram, no geral, não só uma nova e mais agravada queda em Novembro como um agravamento significativo das quebras nas remunerações. O volume de remunerações brutas caiu 10,1% em Novembro, mais 3,1 pontos do que os 6,9% que tinha caído em Outubro. Já a redução das horas trabalhadas sofreu um agravamento de 1,5 pontos percentuais, ao ter sido registado uma redução de 6,6% em Novembro, face à de 5,1% de Outubro.
Em Novembro, a queda do indicador de emprego foi a única que não se agravou face à tendência de Outubro, melhorando até uns ténues 0,1 pontos, para os 6,7% negativos.
O sector da construção sofreu uma queda homóloga mais forte em Novembro, mas um agravamento da quebra mais ténue do que o que acontece com o sector dos serviços. O INE divulga nesta quinta-feira que o índice que mede a actividade no sector da construção afundou 19,3% em Novembro quando comparado com esse mês de 2011.
A diferença é de 1,3 pontos quando comparada com a queda homóloga de 18% em Outubro.
Os dois segmentos considerados, construção de edifícios e engenharia civil, registaram ambos uma queda mais acentuada em Novembro: 16,9% e 21,3%, respectivamente. Quedas de mais 1,8 pontos na área de construção de edifícios e mais 0,9 pontos percentuais na engenharia civil do que as registadas no mês anterior.
Em termos de volume de emprego, o sector da construção diminuiu 19% em termos homólogos, quando a variação em Outubro foi de -18,4%. Quando comparado com o mês anterior, o índice de emprego registou uma taxa de variação de -2,2%.
A queda do índice de remunerações foi menos intensa face à de Outubro. Os salários pagos no sector da construção efectivamente pagos no sector da construção decresceram 20,3%, ainda em termos homólogos, contra os 21,4% em Outubro.
Este valor contrasta com uma subida de 20,8% na remuneração (não efectivamente paga) que aconteceu em Novembro, devido a uma maior concentração de pagamento de subsídios que ocorre habitualmente neste período, afirma o INE.