Sindicato dos revisores desmarca greve nos serviços urbanos da CP no Porto

Foto
Os trabalhadores da CP e da CP Carga estão em greve às horas extraordinárias até 31 de Janeiro Ricardo Castelo

O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) anunciou na sexta-feira a desconvocação da greve agendada para de 14 a 16 de Maio nos serviços urbanos do Porto, informou a CP.

Numa nota publicada na sua página da Internet, a transportadora refere ainda que a circulação deverá decorrer “dentro da normalidade”.

Na quarta-feira, a CP tinha alertado para a possibilidade de ocorrerem, nos dias seguintes, “algumas perturbações” no serviço urbanos de Lisboa e Porto, bem como nos serviços regionais, devido à greve do SFRCI.

Mantêm-se, porém, as paralisações marcadas para os dias 19 a 21 de Maio, nos serviços regionais e de longo curso, e para os dias 23 a 25 nos serviços urbanos de Lisboa.

A CP prevê perturbações na circulação, mas com impacto diferente consoante os serviços para os quais está agendada a paralisação. Os serviços urbanos de Lisboa serão os mais afectados, uma vez que transportam diariamente 307.008 passageiros, em média, segundo os dados anuais mais recentes (de 2011).

Nos comboios regionais, a transportadora espera um “impacto moderado na oferta habitual, com maior expressão nas Linhas do Norte, Oeste e Vouga”, explica numa nota às redacções. Mas nesses dias a greve não deverá afectar a circulação dos comboios Intercidades e Alfa Pendular, que deverão realizar os percursos programados para um dia normal de circulação.

Para os nove dias de greves não foram decretados serviços mínimos. A decisão resultou da apreciação feita pelo Tribunal Arbitral constituído em sede do Conselho Económico e Social.

O sindicato tinha anunciado que a greve era um protesto

Na terça-feira, o SFRCI, que representa os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, anunciou o cumprimento de nove dias de greve em Maio, para contestar as compensações do trabalho aos feriados.

O SFRCI dizia ainda que a CP anunciou que só vai pagar 50 por cento pelo trabalho em dia de folga e que, “se der a compensação nesse dia, os trabalhadores não irão receber nem mais um cêntimo”.

Sugerir correcção
Comentar