CGTP denuncia intervenção das forças policiais na greve
No primeiro balanço geral da greve de hoje, Manuel Carvalho da Silva, da CGTP, anunciou uma adesão “inequivocamente superior” da greve deste ano em comparação à de 2010. O secretário-geral criticou ainda “violações cometidas” pelas forças policiais e algumas administrações no sentido de obstrução à greve.
Paralisação total do metropolitano de Lisboa e dos aeroportos, sector portuário e caminhos-de-ferro “praticamente parados”, sector público, especialmente na saúde e educação, e empresas privadas fortemente mobilizados para a greve. Estas são as linhas gerais do primeiro balanço da greve de hoje que conta, segundo a CGTP, com a maior adesão de sempre por parte dos professores do ensino superior.
Quanto à intervenção das forças policiais junto dos piquetes de greve, o secretário-geral caracterizou-a de “aberração gritante”. “A polícia não tem competências para fazer interpretação da lei da greve (…) não pode dizer aos piquetes o que fazer”, afirmou, anunciando que a CGTP vai “dar grande atenção” ao que aconteceu. A violação, disse o secretário-geral, partiu também de algumas administrações no que diz respeito aos serviços mínimos por “substituição ilegal dos grevistas”.
Carvalho da Silva aproveitou para saudar os trabalhadores pela “determinação” e “disponibilidade para sacrifício”, reforçando a necessidade de mobilização dos portugueses. Relativamente ao aumento de meia hora no horário de trabalho, o secretário-geral avançou que “qualquer resposta dos trabalhadores a esta ofensiva violenta de um trabalho forçado tem mais sustentação legal do que a posição do governo”.
A CGTP recebeu, declarou ainda Carvalho da Silva, saudações de mais de 60 centrais sindicais de todo o mundo. Segundo o secretário-geral, o que o governo deve fazer é “interpretar” o que significa esta greve.