Obama apela à criação de barreira que impeça contágio da crise da dívida

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Barack Obama, presidente dos EUA REUTERS/Larry Downing

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou hoje à criação de uma barreira que bloqueie o contágio da crise da dívida soberana na zona euro e reforce a banca da região.

Num artigo no britânico Financial Times com o título “Uma barreira para impedir a crise europeia de se espalhar”, Barack Obama escreve que “é importante para todos que a estratégia [decidida por Bruxelas esta semana] seja implementada com sucesso, incluindo a construção de uma barreira credível que previna a crise de se espalhar, que reforce a banca europeia, defina um rumo sustentável para a Grécia e enfrente os problemas estruturais no coração da crise actual”.

A uma semana da reunião do grupo das 20 maiores economias, perante uma “recuperação global que se mantém frágil”, o presidente norte-americano afirmou que “a crise na Europa deve ser resolvida o mais rápido possível”, em particular devido ao facto de ser o maior parceiro comercial dos Estados Unidos.

“Estou confiante de que a Europa tem a capacidade financeira e económica para fazer frente a este desafio e os EUA vão continuar a apoiar os nossos parceiros europeus à medida que trabalham para resolver esta crise”, refere Obama.

Por todo o G20, diz o presidente, é necessário fazer com que os bancos “mantenham o capital necessário para ultrapassar choques e precisa haver uma maior supervisão e transparência para evitar riscos excessivos, especialmente no que toca aos derivados”.

Barack Obama acrescenta, ainda, que o enfoque deve ser mantido no “crescimento forte, sustentável e equilibrado” que promova a procura global e “crie empregos e oportunidades para a população”.

Os Estados Unidos, diz o presidente daquele país, “vão continuar a liderar”, enquanto maior economia mundial, sendo o seu maior contributo para a recuperação da crise conseguir que a economia norte-americana cresça mais rápido, depois de esta semana ter sido anunciado que durante o terceiro trimestre se expandiu em 2,5 por cento.

“Cada nação deve cumprir o seu papel para garantir que o crescimento global é equilibrado e sustentável para evitar cair nos velhos desequilíbrios. Para alguns países, isto significa confrontar os seus próprios desafios orçamentais. Para países com excedentes, significa tomar passos adicionais para apoiar o crescimento. Para economias viradas para a exportação, significa trabalhar para reforçar a procura interna”, afirma Obama.

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