Grande Prémio Bial da Medicina para trabalho belga sobre diabetes

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O trasbalho belga foi considerado "um projecto de investigação inovador que poderá revolucionar o tratamento da diabetes" Manuel Roberto/PÚBLICO

O Grande Prémio Bial da Medicina 2006 foi hoje atribuído a um trabalho sobre o tratamento da diabetes apresentado por uma equipa de investigadores da Bélgica.

O trabalho de uma equipa da Belgium Diabetes Registry e da Eurotransplant Foundation foi distinguido pela 12ª edição do prémio por se tratar de "um projecto de investigação inovador que poderá revolucionar o tratamento da diabetes", refere a Fundação Bial em comunicado.

Denominado "Tratamento da Diabetes com Células Beta", o trabalho, vencedor do prémio no valor de 150 mil euros, "delineia a estratégia rumo à cura da diabetes, visando a reposição de células beta do doente diabético tipo I". O projecto foi apresentado pelos investigadores Daniel Pipeleers, Bart Keymeulen e Zhidong Ling.

A Fundação Bial atribuiu ainda o prémio da categoria de Medicina Clínica a um trabalho de investigação coordenado por Maria do Céu Machado, que analisa e avalia os cuidados de saúde materno-infantis prestados a imigrantes, sobretudo nos concelhos de Amadora e Sintra.

O júri atribuiu também quatro menções honrosas, premiadas com cinco mil euros cada. Uma delas ao trabalho do norte-americano David Lyden, da Universidade de Cornell, "que identifica os genes envolvidos na activação, proliferação e mobilização das células germinais/progenitoras da medula óssea do adulto".

As professoras Guiomar Oliveira e Astride Vicente também receberam uma menção honrosa pelo trabalho "Autismo em Portugal - epidemiologia, investigação genética e molecular". Distinção similar foi concedida ao trabalho "O doente com patologia múltipla em medicina geral e familiar: comorbilidade de quatro doenças crónicas", de Maria Isabel Pereira dos Santos.

A última menção honrosa foi atribuída ao português Manuel d´Oliveira Soares e ao espanhol Tomas Datino Romaniega, do Hospital Geral Universitário Gregório Marañón, de Madrid, que concorreram com um trabalho sobre os benefícios da utilização do betabloqueante Carvedilol em doentes internados com insuficiência cardíaca.

O Prémio Bial foi instituído em 1994 pela Fundação Bial, que junta a farmacêutica com o mesmo nome e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

O júri foi presidido por Sobrinho Simões, director do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto e Prémio Pessoa 2002.

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