O Uruguai é que é

O Uruguai é, de facto, o mais simpático de todos os países do mundo.

É bom achar graça, aprender e concordar ao mesmo tempo, como aconteceu com a crónica "Ai, Uruguai", de Rui Tavares no PÚBLICO de anteontem.

Cito: "todo o Uruguai foi, no início do século XIX, parte do Reino Unido de Portugal, do Brasil e dos Algarves, com o nome de Província Cisplatina. Após 1822, o Uruguai passou a fazer parte do Império Brasileiro. Em 1825, o Uruguai tornou-se independente, não - como muita gente pensa - do império espanhol, mas sim do império brasileiro".

Não concordo com as vírgulas reverenciais depois das datas mas é a única crítica que consigo fazer. O que mais me espantou foi a lata imensa de nos chamarmos Reino Unido de Portugal, do Brasil e dos Algarves. O Uruguai - que foi conquistado depois de 4 anos de invasão por um exército de portugueses e brasileiros, começando em 1816 - passou a fazer parte do Brasil.

Portugal e Brasil (incluindo o abençoado Uruguai) tiveram direito à singularidade, não obstante as enormes diferenças de tamanho e de identidades étnicas. Só o Algarve - mesmo na forma mais simplesmente dividido de Barlavento e Sotavento - teve direito à pluralidade

É como se o Reino Unido em meados do século XVIII se chamasse o Reino Unido da Grã-Bretanha, da América e das Cornualhas.

O Uruguai é, de facto, o mais simpático de todos os países do mundo. Precisamos de aprender a maneira civilizada, cosmopolita e elegante como conseguem lidar com o mundo inteiro. E não só com os portugueses.

Mas também.

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