Morte por condenação (com ou sem justiça)

À quinta explicação, o dicionário regista: “Acto de consumar uma condenação à morte.” E escolhe dois exemplos para ilustrar de que falamos quando falamos de “execução”. “A execução de condenados” e “pelotão de execução”. 
Não foi há muito tempo (10 de Agosto) que a Revista 2 deu conta de como os EUA estavam “à procura da morte perfeita”, depois de um condenado sofrer uma “execução” que durou duas horas. Na altura, escreveu-se: “O sofrimento impressionou as testemunhas. O país tem estado a debater a melhor forma de matar criminosos sem os torturar. Será o regresso à cadeira eléctrica ou ao pelotão de fuzilamento?”
Não lhes ocorreu a decapitação. Ao Estado Islâmico, sim. E vá de cortar cabeças a jornalistas americanos. Longe da América e com sotaque britânico. O Ocidente “despertou” então para a barbárie no Médio Oriente. Disse Barack Obama: “Os que cometem o erro de ferir os americanos vão aprender que esses actos não serão esquecidos, que a justiça será feita.”
Thomas L. Friedman (New York Times) advertiu Obama para não se precipitar numa intervenção pouco pensada. “Não há palavras para descrever a vilania destes vídeos das decapitações dos dois jornalistas americanos, mas não tenho dúvida de que se destinam a provocar uma reacção precipitada.” 
Definição mais feliz para a palavra “execução”: “Maneira de interpretar uma peça musical.” Frase exemplificativa: “Este pianista tem uma execução notável, interpreta Chopin como nenhum outro.” Viva a música. 

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