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Analista de Assuntos Chineses, Universidade de Aveiro
A China não precisa de jogar o Mundial de futebol para ser uma das grandes vencedoras deste campeonato.
O frente-a-frente Xi-Biden foi uma oportunidade para as duas principais nações do globo dizerem que vão continuar a competir, mas que esta competição não deverá passar os limites da razoabilidade.
Uma parte das discussões foi feita previamente à beira-mar, na histórica praia de Beidaihe, onde os membros em posição mais elevada na hierarquia dão o seu parecer, enquanto molham os pés.
Nancy Pelosi tornou-se há muito incómoda para Pequim em muitos domínios, é persona non grata, mas a garantia de Biden de que o “princípio de uma só China não se alterará” deverá ser suficiente para que o episódio Pelosi não passe disso mesmo.
Não há potências benignas e malignas, mas há umas melhores do que outras. As vozes que se levantam contra os erros de um planeta dominado pelos Estados Unidos não terão as mesmas condições numa era dominada por uma autocracia como a China.
A China atenuou o seu ímpeto antiocidental e tem reduzido a sua cooperação com a Rússia, mas todo este posicionamento é apenas aparente. O mundo vai girando, e a China, na retaguarda, rodopia sobre si mesma na ânsia de encontrar o melhor caminho.
As vantagens económicas proporcionadas pela Ucrânia à China são múltiplas e de grande importância, mas nada se compara com a possibilidade de uma Ucrânia fora da esfera de influência dos Estados Unidos, da União Europeia e da NATO.