Saldo dos Certificados de Aforro diminuiu pelo sexto mês consecutivo

Nova série atrai menos investimento devido ao corte na remuneração do produto de dívida pública.

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Aplicações em Certificados de Aforro estão a diminuir desde Outubro ric ricardo campos
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O montante aplicado em Certificados de Aforro (CA) voltou a diminuir em Abril, o que acontece pelo sexto mês consecutivo, e é explicado pelo facto de as novas subscrições não compensarem os resgates e os reembolsos pela chegada ao fim de algumas aplicações. De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, esta quarta-feira, o montante confiado ao Estado caiu 28,3 milhões de euros face a Março, para 33.967,32 milhões de euros.

Face a Abril do ano passado, o saldo dos CA subiu 12%. Este produto de dívida pública destinado a particulares registou crescimentos até Outubro de 2023, quando atingiu o montante mais elevado de sempre, nos 34.071 milhões de euros. Contudo, o ritmo de entradas de dinheiro abrandou a partir de Junho do ano passado, na sequência do corte de rentabilidade do produto, realizado através da suspensão da série E, e do lançamento de uma nova, a F. Apesar de continuar associada à Euribor, a taxa de juro da nova série tem um tecto máximo de taxa-base de 2,5%, e perdeu o acréscimo de um ponto percentual que existia no produto anterior.

A par da queda de remuneração dos CA, na segunda metade do ano passado verificou-se uma subida mais significativa da taxa de juro dos novos depósitos, o que contribuiu para um aumento de aplicações nos produtos bancários.

Em queda está também o montante aplicado em Certificados do Tesouro (CT), que em Abril recuou 99 milhões de euros, para 10.488 milhões de euros, significativamente abaixo dos 13.029 milhões de euros registados no mês do ano passado.

Os CT também foram sofrendo cortes na taxa de rentabilidade, atraindo, actualmente, entradas muito inferiores aos resgates e reembolsos por chegada ao fim do prazo, no caso de aplicações mais antigas.

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