Sindicatos da PSP e GNR reúnem-se esta sexta-feira com ministra da Administração Interna

Encontro está marcado para as 16 horas desta sexta-feira, no Ministério da Administração Interna, liderado por Margarida Blasco.

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Em Fevereiro, elementos da força de segurança manifestaram-se em frente ao Ministério da Administração Interna Nuno Ferreira Santos
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Os sindicatos da PSP e da GNR que fazem parte da plataforma que foi criada para reivindicar a atribuição de um suplemento de risco, semelhante ao que foi atribuído pelo anterior Governo à PJ, vão reunir-se na sexta-feira com a nova ministra da Administração Interna. O encontro está marcado para as 16 horas, no ministério.

Ao final da manhã, na primeira parte do debate sobre o programa do Governo no Parlamento, o primeiro-ministro anunciou que Margarida Blasco iria reunir-se com as estruturas representantes das forças de segurança. Foi também ao final da manhã que os sindicatos receberam a convocatória por email.

Paulo Santos, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, confirmou ao PÚBLICO a marcação da reunião, mas adiantou desconhecer a ordem de trabalhos. “Vamos ver o que vão dizer e o que pretende o ministério.”

Já Paulo Macedo, do Sindicato dos Profissionais da Polícia, assume que esta seja uma “reunião de trabalho” para dar resposta à reivindicação destas forças de segurança, de lhes ser atribuído também um suplemento de missão igual ao que já foi dado à PJ. “Penso que não haverá muito para negociar, porque já foi negociado com a PJ e o valor [do suplemento] já foi encontrado.”

Esta diferenciação, que logo na altura gerou descontentamento nos elementos da PSP e da GNR, levou à criação da plataforma sindical, mas também de um movimento orgânico que realizou várias concentrações. Uma das últimas teve lugar junto ao Capitólio, em Lisboa, onde se realizava o debate entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, durante o período eleitoral.

Pouco antes do final do ano passado, quando promulgou o diploma do anterior executivo que atribuiu o suplemento de missão à PJ, o Presidente da República chamou a atenção “para a justa insatisfação destas outras entidades e para a imperiosidade e urgência de medidas” que dessem “sequência ao trabalho já em curso”.

“Estamos a lutar por um suplemento atribuído a todas as forças de segurança, pago 14 meses e actualizado todos os anos. Esperamos que a senhora ministra da Administração Interna inicie já o processo negocial e que pelo menos a situação do suplemento de risco fique resolvida”, disse Paulo Macedo, lembrando que há “um sentimento de injustiça” e “descontentamento geral muito grande”.

Mas há “mais questões importantes” que o Sindicato dos Profissionais da Polícia quer discutir com a ministra Margarida Blasco, assim que esta situação estiver resolvida. Uma delas tem que ver com a idade da pré-aposentação dos profissionais da PSP, que diz não estar a ser cumprida por causa de normas-travão colocadas nos últimos Orçamentos do Estado. Outra, com a necessidade “urgente de resolver a situação de impunidade que se vive em relação às agressões contra polícias”.

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