Mísseis e drones russos voltam a atingir o sistema energético da Ucrânia

Pelo menos 200 mil pessoas afectadas com cortes de energia, após bombardeamentos russos em cinco regiões da Ucrânia.

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Ataques russos na região de Kharkiv intensificaram-se nas últimas semanas REUTERS/Sofiia Gatilova
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A Rússia levou a cabo um ataque significativo com mísseis e drones contra infra-estruturas energéticas da Ucrânia na madrugada desta quinta-feira, 11 de Abril. Segundo as autoridades ucranianas, os bombardeamentos danificaram subestações e instalações eléctricas em cinco regiões do país, provocando cortes de energia que afectaram pelo menos 200 mil pessoas.

Desde o mês passado que as Forças Armadas russas têm voltado a direccionar os seus ataques aéreos de longo alcance contra o sistema energético ucraniano, uma táctica que foi muito utilizada no primeiro ano da invasão da Ucrânia, em 2022.

De acordo com o Exército ucraniano, o ataque desta quinta-feira envolveu 82 mísseis e drones. Segundo o comandante da Força Aérea ucraniana, as defesas antiaéreas abateram 18 dos mísseis e 39 drones.

“Precisamos de defesas antiaéreas e de outro tipo de apoio defensivo e não de discussões prolongadas e de olhos fechados”, apelou o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pedindo mais apoio militar do Ocidente.

As reservas ucranianas de defesas antiaéreas e de artilharia diminuíram depois de a assistência ocidental ter abrandado e de um importante pacote de ajuda dos EUA ter sido bloqueado pelos republicanos no Congresso norte-americano.

As subestações e as instalações de produção de electricidade da operadora da rede Ukrenergo sofreram danos nas regiões de Odessa, Kharkiv (Carcóvia), Zaporijjia, Lviv e Kiev, disse a Força Aérea ucraniana num comunicado.

Pelo menos dez mísseis atingiram a cidade de Kharkiv, que fica a apenas 30 quilómetros da fronteira russa, acrescentou o ministro do Interior.

A DTEK, a maior empresa privada de electricidade da Ucrânia, revelou que a Rússia atacou duas das suas centrais eléctricas, infligindo mais danos graves.

A empresa foi atingida a 22 e a 29 de Março pelos piores ataques da Rússia desde a invasão e cerca de 80% da sua capacidade disponível foi destruída.

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