Tiago Mayan pode disputar a liderança da IL a Rui Rocha

O ex-candidato presidencial e crítico da direcção dos liberais não comenta notícia que dá conta do seu provável avanço na convenção do partido em Julho.

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Tiago Mayan Gonçalves é crítico da actual direcção Nuno Ferreira Santos
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Tiago Mayan Gonçalves, que na eleição interna de Janeiro de 2023 apoiou a candidatura de Carla Castro, que acabou derrotada, estará a ponderar avançar com uma candidatura à liderança da Iniciativa Liberal contra o actual presidente, Rui Rocha. A notícia é avançada esta sexta-feira pelo semanário Nascer do Sol e não foi desmentida pelo próprio ao PÚBLICO. “Já vi a notícia mas não vou querer comentar”, limitou-se a responder por mensagem.

O liberal, que foi candidato a Presidente da República em 2022 pelo partido e é actualmente presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (Porto), tem sido muito crítico da direcção liderada por Rui Rocha. Depois de ter apoiado a candidata derrotada na última convenção nacional, Tiago Mayan tem lamentado o rumo do partido e a sucessão de desfiliações, em particular a da própria Carla Castro, já este ano.

“Não vou fazer uma formulação genérica sobre as razões das pessoas que saem da Iniciativa Liberal porque cada uma terá as suas, mas, numa análise subjectiva, o que está a acontecer é que as pessoas estão a perder a esperança neste partido. Já numa análise mais objectiva, isto é a demonstração de uma comissão executiva que não está a ter a capacidade de agregar essas pessoas”, afirmou ao PÚBLICO em Janeiro.

A Iniciativa Liberal vai realizar a 5, 6 e 7 de Julho a sua próxima Convenção, com vista a proceder a uma revisão estatutária. A reunião magna dos liberais esteve prevista para início de Dezembro mas foi adiada na sequência da crise política. Esse adiamento foi, na altura, contestado pelos críticos, entre eles Tiago Mayan e levou à saída de alguns membros.

O processo de revisão estatutária e o debate sobre o programa político já então dividia o partido. Em cima da mesa estavam duas propostas de alterações aos estatutos, uma elaborada pelo grupo de trabalho estatutário e uma proposta alternativa sob o título Estatutos + Liberais.

Esta tinha sido apresentada por Miguel Ferreira da Silva, primeiro presidente da IL e deputado municipal em Lisboa; Tiago Mayan Gonçalves, José Cardoso, ex-candidato a líder e ex-conselheiro nacional que também já se desfililou, e Hugo Condesa, ex-candidato a coordenador do Núcleo Territorial do Porto, todos críticos da actual direção.

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