Novo deputado do Chega detido duas vezes por imigração ilegal nos EUA

Marcus dos Santos é imigrante brasileiro em Portugal e foi eleito pelo círculo do Porto. O agora deputado nega ter tido problemas nos Estados Unidos.

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Marcus dos Santos é o segundo deputado do Chega que chegou a ser imigrante ilegal Rui Gaudencio
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O imigrante brasileiro em Portugal Marcus dos Santos, deputado eleito pelo Chega no círculo do Porto, foi detido duas vezes nos Estados Unidos da América (EUA) por “violação das regras da imigração” norte-americanas. A informação foi revelada pelo site Cheganos, que é contra o partido presidido por André Ventura, e confirmada pelo PÚBLICO. O agora deputado nega ter tido problemas com a justiça daquele ou de qualquer outro país.

Segundos registos policiais norte-americanos, Marcus dos Santos foi detido pela primeira vez em Hillsbourgh, Florida, a 28 de Dezembro de 2004, quando tinha 25 anos, por “violação das regras da imigração”. Voltou a ser detido pela mesma razão a 2 de Fevereiro de 2005. O agora deputado eleito pelo Chega acabou por se legalizar nos Estados Unidos, onde viveu até 2009, antes de se mudar para Portugal.

Marcus dos Santos reagiu nas redes sociais à informação divulgada pelo site Cheganos. “É incrível como tentam atacar aqueles que buscam fazer o bem. Não tenho nenhum problema com a justiça americana ou de nenhum outro país. Todos os anos vou aos Estados Unidos onde sou recebido por todos os meus alunos com muita admiração e carinho”, garantiu, sem desmentir ter sido detido nos Estados Unidos.

O deputado do Chega partilhou também fotos que diz serem de 2022, quando recebeu “uma carinhosa homenagem por todo trabalho prestado [à sua] comunidade nos anos que [viveu] por lá”.

Marcus Vinicius Teixeira Soares dos Santos, 45 anos, nascido no Rio Janeiro, é professor de Artes Marciais Mistas e um apoiante do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro. O deputado é também um acérrimo defensor das propostas do Chega para a imigração, que pede um controlo mais rigoroso das entradas de cidadãos estrangeiros em Portugal e a criminalização da residência ilegal. Defende ainda quotas para a imigração, de acordo com as necessidades do mercado de trabalho.

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