Lucros anuais da Mota-Engil duplicam para 113 milhões de euros

A Mota-Engil obteve um lucro de 113 milhões de euros em 2023, um aumento de 120% face a 2022, alcançando “o melhor resultado líquido anual” da sua história, anunciou a construtora.

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Manuel Roberto

O maior grupo construtor português, detido pela família Mota e pela China Communications Construction Company, obteve uma resultado líquido, após interesses minoritários, de 113 milhões de euros no exercício passado, que compara com 52 milhões em 2022, anunciou a Mota-Engil nesta terça-feira. É o melhor desempenho anual da história da companhia, adianta o comunicado da empresa liderada por Carlos Mota Santos.

O ano de 2023 foi “caracterizado por um forte desempenho operacional, alcançando níveis recorde de produção na área de Engenharia e Construção (E&C)”, destaca a comunicação emitida pela empresa cotada

“Permitiu de forma consolidada superar pela primeira vez na sua história os 5000 milhões de euros de facturação, alcançando 5552 milhões de euros, um crescimento de 46% face ao ano de 2022, um ano em que se registou o anterior máximo do grupo com 3804 milhões de euros”, pode ler-se.

O grupo Mota-Engil sublinhou que, para “o sólido crescimento”, o “negócio core de Engenharia e Construção cresceu 54% e de forma relevante em todas as regiões, destacando-se a América Latina, a qual, com um crescimento de 81%, alcançou em 2023 um marco inédito numa região onde é actualmente uma das cinco maiores construtoras, sendo ainda de destacar o dinamismo relevante em África (+28%) e na Europa (+31%)”.

A construtora registou ainda o crescimento de 55% no EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 837 milhões de euros, com “uma das melhores margens do sector a nível internacional, o que teve concretização no resultado operacional (EBIT), indicador que mais do que duplicou para 516 milhões de euros (margem de 9% face aos 6% registados em 2022)”.

A nível financeiro, o grupo “acelerou a expansão do seu investimento (capex de 513 milhões de euros)", frisando que é “direccionado sobretudo para contratos de médio e longo prazo, prosseguindo a estratégia de investimento criteriosa e selectiva sobre mercados core como Portugal, México, Angola e Nigéria”.

“A par do desempenho operacional e financeiro, o grupo reforçou a sua carteira de encomendas para 13 mil milhões de euros num ano que representou o segundo melhor de sempre com 6000 milhões de euros em novos contratos, demonstrando capacidade de renovação com melhoria da qualidade, focada nos mercados core e reforçando as perspectivas de manter em 2024 e seguintes o círculo virtuoso de crescimento sustentável e alinhado com os objectivos de crescimento e rentabilidade estabelecidos no Plano Estratégico até 2026”, realçou.

Com cerca de cerca de 25% do capital disperso em bolsa, a Mota-Engil SGPS é controlada pela família Mota (com mais de 40%) e tem a China Communications Construction Company (CCCC) como segunda maior accionista (32,4%).

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