Gatos de rua em Lisboa vão ter abrigos feitos à medida deles

Foram feitos a partir de bidões de metal que teriam como destino a sucata e decorados pelos utentes da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa. Vão ser distribuídos esta sexta-feira.

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Os abrigos são para os gatos errantes da Tapada das Necessidades Provedoria dos Animais de Lisboa
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Os gatos de rua de Lisboa vão ter abrigos que promovem a pegada verde e a inclusão criados a partir de bidões de metal e decorados por utentes da Associação de Paralisia Cerebral, anunciou a Provedoria Municipal dos Animais.

A iniciativa arranca esta sexta-feira, 1 de Março, com a colocação de três abrigos para os gatos da colónia da Tapada das Necessidades, na freguesia da Estrela.

Os abrigos têm a forma de um gato e “foram carinhosamente decorados por utentes da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa”, indicou o Provedor Municipal dos Animais de Lisboa, Pedro Paiva, em comunicado.

A protecção dos animais “faz mais sentido se protegermos também o planeta”, defendeu, referindo, por isso, que “era imperativo que qualquer solução desta natureza fosse um exemplo de economia circular e consequente redução da pegada de carbono”.

Os abrigos, descritos como “amigos do ambiente”, foram construídos a partir de bidões de metal que, aponta o Provedor, teriam como previsível destino uma sucata. Segundo Pedro Paiva, além da preocupação ambiental, a provedoria quis fazer com que os abrigos fossem também “um exemplo de inclusão”, “reforçando a harmonia entre humanos e animais”.

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OS abrigos têm a forma de um gato Provedoria dos Animais de Lisboa

O Centro Nuno Belmar da Costa da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL), respondeu ao desafio com a participação dos utentes que personalizaram de alguns abrigos para os gatos.

Em comunicado, a coordenadora técnica do centro, Odete Nunes, realçou a “enorme importância” deste tipo de iniciativas. Defendeu ainda que a actividade da Provedoria Municipal de Lisboa, além de ser “uma acção fantástica em prol do bem-estar animal”, promove a capacidade de os utentes expressarem com alegria a criatividade e dinamismo na decoração dos abrigos.

Pedro Paiva destacou a necessidade de assegurar a segurança e a protecção dos gatos de rua, situação que vai “muito para além” da preocupação com a alimentação.

Acompanhando com proximidade o que tem sido feito sobre o tema, Pedro Paiva diz ainda que é necessária a existência de uma iniciativa como a que a provedoria está a realizar: “os abrigos para estes animais são tão escassos que, nalguns locais, nem uma unidade existe”.

A nível nacional, o programa Capturar, Esterilizar e Devolver (CED) tem promovido um método eficaz de controlo de colónias de gatos e de redução das populações felinas silvestres.

Para a Provedoria Municipal, é um programa de “extrema importância” uma vez que garante e salvaguarda “o bem-estar dos felinos de rua e a saúde pública”.

Em Lisboa, estão sinalizadas cerca de 1500 colónias de gatos CED, com aproximadamente 13 mil a viver na rua”. Por tudo isto, indicou a provedoria, existe “uma profunda de necessidade de proporcionar abrigos e pontos de alimentação”.

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