Zara prepara-se para reabrir lojas na Ucrânia, dois anos depois as ter fechado

O grupo têxtil espanhol planeia reabrir 50 das suas mais de 80 lojas no país, a começar em Abril, com 20 lojas em Kiev.

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Loja da Zara em Kiev, fotografada em 2021, antes da guerra Reuters/Gleb Garanich

A gigante espanhola do têxtil Inditex está a preparar-se para reabrir as lojas da Zara na Ucrânia, avança o Financial Times nesta sexta-feira. As dezenas de pontos de venda fecharam dias depois do início do conflito com a Rússia, em Fevereiro de 2022.

A Inditex, proprietária da Zara, informou os empresários locais de que vai começar a reabrir as lojas na Ucrânia no início de Abril. O mesmo comunicado acrescenta que o grupo de Amancio Ortega planeia reabrir 50 das suas mais de 80 lojas no país.

As 34 lojas que permanecerão fechadas situam-se em zonas do Sul e Leste da Ucrânia directamente afectadas pela guerra, onde o Governo ucraniano proibiu as operações comerciais, segundo o mesmo jornal. A Inditex não respondeu aos pedidos de comentário por parte da Reuters.

O grupo espanhol vai reabrir gradualmente com 20 lojas, incluindo três pontos de venda Zara, nos centros comerciais de Kiev, segundo a notícia do Financial Times. A Inditex não soube dizer quanto tempo demorará o processo.

Em 2022, a proprietária da Zara seguiu-se a algumas das maiores marcas ocidentais que suspenderam as operações na Rússia e na Ucrânia, incluindo a sua principal rival, H&M, na sequência da invasão e da imposição de sanções económicas.

Na Rússia, a Inditex chegou a acordo para a venda das mais de 500 lojas daquele país ao grupo Daher, do Médio Oriente. O objectivo era preservar os cerca de 9000 postos de trabalho, fazendo com que o grupo libanês assumisse a gestão do negócio pelo menos durante a guerra. Em Setembro de 2023, o grupo espanhol revelou estar a considerar retomar também as operações na Rússia, o que representaria um investimento de 211 milhões de euros. Contudo, para já, o processo de transferência não se concretizou.

Fruto das sanções internacionais, têm sido as marcas russas a preencher o vazio deixado pelos concorrentes ocidentais. Por exemplo, a Gloria Jeans, outrora uma revendedora de calças de ganga da Levi's, tomou conta da loja da gigante retalhista sueca H&M, no centro de Moscovo. Ainda assim, estima-se que a indústria daquele país tenha sofrido prejuízos avaliados em 2,5 mil milhões de dólares (2,31 mil milhões de euros).

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