Donald Trump garante vitória na Carolina do Sul, Nikki Haley não desiste

Quando apenas 2,5% dos votos estavam contados, a diferença era de 26 pontos: 63% para Trump a 37% para Haley. A segunda ainda conseguiu melhorar ligeiramente.

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Donald Trump discursou durante 30 minutos sem nada dizer sobre Haley Reuters/SHANNON STAPLETON
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Donald Trump derrotou com facilidade a adversária Nikki Haley na disputa republicana da Carolina do Sul que terminou ao início da madrugada de domingo (hora de Lisboa), com com 59,8% dos votos contra 39,5% de Haley, quando estavam apurados 99% dos votos, de acordo com a Edison Research. O ex-Presidente reforçou assim a sua sequência de vitórias rumo a uma terceira indicação como candidato presidencial.

A vitória de Trump, que começou por liderar por 63% contra 36,8%, era já indicada nas várias sondagens feitas antes do acto eleitoral, apesar das inúmeros acusações criminais de que é alvo e de a Carolina do Sul ser o estado natal de Haley, que ali cumpriu dois mandatos como governadora.

“Nunca vi o Partido Republicano tão unido como está agora”, disse Trump aos seus apoiantes em Columbia, a capital do estado, poucos minutos depois do encerramento das urnas, às 19 horas (00h em Lisboa). Num discurso de meia hora, o ex-presidente nem por uma vez nomeou Nikki Haley.

“Quarenta por cento não é um grupo minúsculo”, comentou Haley sobre sua parcela de votos. “Há um grande número de eleitores nas nossas primárias republicanas que dizem querer uma alternativa”.

O resultado desigual reforçará os apelos dos aliados de Trump para que Haley, a única adversária que se mantém, desista da corrida. Até agora, foi o primeiro que dominou todas as cinco disputas em Iowa, New Hampshire, Nevada, nas Ilhas Virgens dos EUA e agora no estado natal de Haley – deixando a segunda praticamente sem margem para a indicação republicana.

A desafiadora Haley, que foi embaixadora na ONU na administração de Trump e que nos últimos dias desferiu vários ataques contra o empresário, insistiu esta semana que manteria a sua campanha pelo menos até à “Super Terça-feira”, no dia 5 de Março, quando os republicanos em 15 estados e um território dos EUA forem a votos.

A imigração, tema em que Trump focou a sua campanha eleitoral, foi a questão número 1 para os eleitores da Carolina do Sul, de acordo com uma sondagem feita pela Edison à boca das urnas. Cerca de 39% citaram essa questão, em comparação com 33% que disseram que a economia era a sua principal preocupação.

Aproximadamente 84% dos eleitores disseram que a economia não está nem boa ou má, destacando o que pode vir a ser uma grande fraqueza potencial de Biden nas eleições gerais de Novembro.

Mais uma vez, porém, os estudos de opinião também apontaram as vulnerabilidades do próprio vencedor: quase um terço dos eleitores disse que Trump não serviria para Presidente se fosse condenado por um crime.

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